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domingo, novembro 24, 2024

Ministro Fábio Farias admite erro e se arrepende de denúncia falsa sobre inserções

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que se “arrepende profundamente” da entrevista coletiva sobre as rádios que supostamente estavam prejudicando o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). E que sua intenção ao convoca a imprensa para fazer a “denúncia”, era fazer um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “para sanar o problema”. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Na última segunda-feira (24), Faria e o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten, hoje integrante da campanha bolsonarista, reuniram jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. E afirmaram que auditorias constataram que oito rádios do Nordeste deixaram de divulgar conteúdo do candidato. Já as rádios disseram não ter recebido o material.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou a ação da campanha de Bolsonaro. Alegou fragilidade no relatório e viu na iniciativa uma tentativa de tumultuar a eleição na reta final do segundo turno. O caso foi transferido para análise no âmbito do inquérito das “milícias digitais” no Supremo Tribunal Federal (STF).

ARREPENDIMENTO
Segundo a colunista, Faria disse que a ideia era que o TSE concedesse à campanha bolsonarista o mesmo número de inserções que supostamente não haviam sido divulgadas nas rádios. “A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do tribunal. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto”, disse.

Porém, o plano desandou, segundo ele, quando bolsonaristas passaram a usar o fato para pedir o adiamento das eleições, que acusavam de “fraude”. “Eu fiquei imediatamente contra tudo isso. Fui o primeiro a repudiar. Isso prejudicaria o presidente Bolsonaro”.

E quando a situação “escalou”, Faria disse que decidiu “sair de cena”, e “veio o arrependimento”: “Me arrependi profundamente de ter participado daquela entrevista coletiva. Se eu soubesse que [a crise] iria escalar, eu não teria entrado no assunto”.

O ministro disse à colunista que mantém “um bom diálogo com magistrados de tribunais superiores”, “que sempre fez a mediação entre a campanha de Bolsonaro e o TSE desde o primeiro turno”. E que quando surgiu o problema das rádios, a partir de um dossiê montado pelo PL, também foi chamado para tentar um acordo com os magistrados”.

 

Da Redação (com RBA)

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