Mesmo com vocação eólica e solar, Ministro de Minas e Energia diz que Deus é brasileiro e vai fazer chover

Apesar de negar o risco de racionamento e não associar o apagão à falta de energia, o ministro Eduardo Braga anunciou que haverá reforço. O sistema vai receber mais de 1500 mega watts, uma parte de Itaipu e de usinas térmicas da Petrobras que estavam em manutenção. Desta forma 2015 não começa bem no setor hidrelétrico, o potencial do país está entre os cinco maiores do mundo, mesmo assim o povo brasileiro vem convivendo com grandes perdas causadas pelos apagões em várias regiões do país.
O ministro Eduardo Braga, “no jeitinho brasileiro,” está confiante a espera da providência divina, ou seja a espera que as chuvas caiam nos lugares certos. O país tem muitas usinas, algumas delas em processo de licitação ou em obras. “Na Amazônia vão participar da lista das dez maiores do Brasil: Belo Monte (que terá potência instalada de 11.233 megawatts), São Luiz do Tapajós (8.381 MW), Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.150MW). Entre as maiores em funcionamento estão Itaipu (14 mil MW, ou 16,4% da energia consumida em todo o Brasil), Tucuruí (8.730 MW), Ilha Solteira (3.444 MW), Xingó (3.162 MW) e Paulo Afonso IV (2.462 MW).” Disse o ministro de Minas e Energia.
As novas usinas da região Norte apresentam um desafio logístico: a transmissão para os grandes centros, que ficam distantes milhares de quilômetros. Este problema vai ser solucionado pelo Sistema Integrado Nacional (SIN), uma rede composta por linhas de transmissão e usinas que operam de forma integrada e que abrange a maior parte do território do País. Composto pelas empresas de exploração de energia das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, o SIN garante a exploração racional de 96,6% de toda a energia produzida no País. O incremento das energias alternativas, ainda não estão na planificação das prioridades nacionais, mas o tema resiste, fortemente em palestras e congressos.
“ Energia eólica a esperança contra a pobreza no sertão,” Este foi o tema da palestra proferida pela Dra. Elbia Melo, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (UFSC). O evento Climate Reality Training foi realizado no Rio de Janeiro e contou com a presença de pessoas ligadas ao setor e inúmeros especialistas na área.
Agência Brasil/ com redação Folha Regional