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sábado, novembro 23, 2024

Mês da Mulher: Temos muito a conquistar

O Dia Internacional da Mulher foi grandemente comemorado em todo o país, durante o mês de Março. A data 8 de Março foi lembrada principalmente nas seguintes frentes, a mulher vítima de violência, o empoderamento, ou seja no desafio as relações patriarcais, em relação ao poder dominante do homem e a manutenção dos seus privilégios de gênero, a valorização e a igualdade de direitos. Os movimentos sociais lembraram as conquistas na política na economia, em fim os seus direitos conquistados ao longo a história. As conquistas começaram a surgir depois de muitas lutas, a mulher saiu do lar, e foi para a faculdade, a mulher conquistou seu emprego, e começou a ganhar o seu espaço.
Mas essa mulher batalhadora cujos salários são bem menores do que os dos homens continuam sendo ainda em pleno século XXI grandiosamente discriminadas e desrespeitadas. A sociedade machista continua marcando o seu terreno nos lares, em que os relacionamentos tem nos mostrado fins trágicos. Essa violência contra a mulher está enraigada no contexto cultural e social do país, talvez reflexo do homem escravo que ajudou a construir está nação?
Um sentimento que nos parece herdado do homem branco escravocrata que permanece presente com seu espaço que se fixou na sociedade brasileira. A mulher em nossos dias está a frente de grandes e pequenas empresa exercendo os seus cargos de chefia. A mulher hoje tem voz ativa na sociedade, pode se candidatar a cargos eletivos diversos, tem o seu lugar garantido nas forças de segurança inclusive nas forças armadas, tem o seu domínio nas lideranças esportivas, nos ministérios públicos estaduais e federais, e na política.
Se a mulher hoje comemora suas conquistas, com relação ao seu status de ir e vir, sua liberdade como cidadã, não podemos dizer o mesmo. A sociedade brasileira ainda não superou plenamente o preconceito e se utiliza da violência como forma de vingança pelos avanços de sua conquista. Já temos no Brasil muitas mulheres márites, Marias, Joanas, Beneditas, Estelas e agora Marielle Franco, vereadora e ativista social no Rio de Janeiro, que foi brutalmente assassinada, a polícia continua investigando o caso a procura dos assassinos.
A tragédia tomou conta da mídia nacional e internacional, todos querem saber afinal, quem matou Marielle? Segue uma triste estatística nacional com relação a violência contra a mulher, o Brasil registrou no ano passado em média 135 estupros por dia, num total de 49.497 casos no ano, segundo fonte do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No ano de 2013 fomam registrados 51.090 casos de estupros, e 4.657 casos de assassinatos, sendo que 533 deles foram classificados como feminicídio, ou seja passaram a entrar em conformidade com a Lei Federal de 2015 que definiu o feminicídio em crime hediondo. Com o aumento da pena de 6 a 20 para 12 a 30 anos de cadeia. Desta forma apesar dos avanços conseguidos a mulher tem ainda muito o que conquistar.

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