ECONOMIA

Mercado varejista abre o ano em baixa de 4%

Queda de 4% nas vendas do comércio varejista de Rondonópolis em janeiro deste ano. Isto é o que apontam os registros do banco de dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. O montante de consultas de 2 a 31 de janeiro somou 19.797 no decorrer do mês contra 20.620 no mesmo período do ano passado. Este é o pior desempenho no número de consultas para compras desde março de 2007.

A baixa nas vendas está diretamente relacionada à crise mundial e ao comportamento do consumidor, que está cauteloso em contrair novas dívidas.

A inadimplência também registrou alta no início deste ano. O número de pessoas que entraram para o cadastro de devedores (SPC – Serviço de Proteção ao Crédito) aumentou 19% e o de quem pagou as contas e teve o nome excluído da lista encolheu pouco mais de 10%.

Para o diretor de Produtos e Serviços da CDL de Rondonópolis, Maurício Pugas, o cenário deve melhorar somente a partir de março. “Historicamente temos os primeiros três meses do ano como mais fracos para o comércio. E neste cenário, fevereiro costuma ter o menor número de registros. O mercado tende a ter um melhor desempenho em março com números crescentes a partir de abril. Esperamos que a história se repita também neste ano”, explicou Pugas.

No primeiro trimestre de 2007 a média de registros ficou em 18,5 mil ao mês, em 2008 houve um aumento de consideráveis 11%, passando para 20,5 mil e a expectativa para este ano é de 19,5 mil consultas mês. “Embora tenhamos reflexos de uma economia retraída neste início de ano, estamos otimistas porque entendemos que a crise internacional será amenizada com o pacote econômico dos Estados Unidos. O mercado deverá reagir às novas medidas ainda no segundo trimestre. O momento é de cautela para todos, mas acreditamos que vá melhorar e até o final do ano pode ser que se repitam os resultados de 2008”, argumentou.

Maurício Pugas lembrou ainda que em Rondonópolis as promoções de início de ano atrasaram e só começaram a acontecer no final de janeiro, o que também pode contribuir para um melhor desempenho do setor em fevereiro. Outro aspecto motivador é a agricultura. “Em março e abril o dinheiro da colheita da soja começa a entrar no mercado o que também tende a fomentar as vendas no comércio varejista”.

Mesmo com um panorama futuro positivo, Maurício Pugas ressalta que o empresário também tem que fazer o dever de casa para passar mais esta crise. “O consumidor sempre procura as mesmas coisas: preços atrativos e bons prazos. Cada um deve estudar a melhor forma de fazer sua própria receita de como se dar bem em tempos de crise”.

Da assessoria

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