De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), os casos suspeitos de zika vírus identificados até dezembro de 2015 passam dos 1,6 mil em Mato Grosso. Mas esse número deve subir, pelo menos em Cuiabá, conforme os médicos. Isso porque tem aumentado a procura de atendimento de pacientes com sintomas da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue. Em uma uma unidades de saúde da capital, o número de diagnósticos de zika chega a 25 por dia.
"Nós estamos todos preocupados. E obviamente, a sensação dos principais plantonistas do nosso pronto-atendimento é de que há uma maior incidência da zika do que da dengue", disse Cervantes Caporossi, diretor médico de um Pronto Atendimento particular da capital. Na unidade, a cada caso de dengue, surgem dois de zika vírus.
Em outro pronto-atendimento particular de Cuiabá, de 20 a 25 pacientes por dia são diagnosticados com zika por dia. Os sintomas da doença com a dengue são parecidos, mas a diferença está na intensidade.
"Normalmente a lesão de pele é um pouco mais precoce na zika vírus. Na dengue, a evolução é mais do 3º ao 5º dia. E sintomas de dor, manifestação ocular, dor ocular, cefaleia, que é a dor de cabeça, na dengue é mais intensa na zika vírus, habitualmente", disse o médico infectologista Abdon Karhawai.