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Varredores de soja sobrevivem com que sobra nos caminhões

A soja em Mato Grosso é um produto que gera riquezas, muitos emprego e fontes de renda para muitas pessoas que vivem exclusivamente do cultivo desse grão. O que muitos desconhecem é que famílias inteiras vivem dos restos da soja que sobra nos caminhões que transportam essa soja.
Um exemplo de pessoas que vivem apenas com o dinheiro do resto da soja é Josiene Martins Souza. Ela varre a soja que fica nos caminhões logo após descarregarem nas empresas.
Josiene faz isso há três anos e segunda ela, esse não é trabalho fácil, nem tampouco que gera muitos lucros. Ela informou que para varrer um caminhão Bi-trem que estava carregado com adubos, os varredores recebem R$ 5 e para varrer caminhões que estavam transportando adubos, o valor recebido é de R$ 10. “Nosso trabalho é um pouco difícil, encarar o sol quente embaixo de uma lona quente para ganhar uma mixaria e os motoristas ainda pagam chorando”, disse a varredora de soja.
Josiene ressaltou que os varredores vão ajuntando os farelos e restos de adubo até encherem um saco que geralmente é vendido por R$ 10 ou R$ 15. “Vendemos para os sitiantes e pescadores, ás vezes conseguimos vender por R$ 20, mas quando a necessidade aperta, vendemos até por R$ 10”, declarou.
A varredora de soja pontuou que ultimamente os caminhões não estão mais descarregando os caminhões no pátio e sim dentro das empresas e por esse motivo, as famílias que vivem disso, estão enfrentando dificuldades. “Antes a gente varria uma média de 10 a 15 caminhões, agora, se conseguimos varrer um, damos graças a Deus”.
Para sobreviver, Josiene e a família recebem o auxílio federal do Bolsa Família, assim como as demais famílias que dependem dessa atividade.
Da Editoria

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