Com a decisão tomada, o governador Mauro Mendes (DEM) garante que não há motivos para os prefeitos Emanuel Pinheiro (MDB) e Lucimar Campos (DEM) questionarem a troca do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) pelo BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) em Cuiabá e Várzea Grande. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (21), durante reunião no Palácio Paiaguás.
O encontro não contou com a presença de Emanuel, que foi representado pelo vice-prefeito eleito José Stopa (PV). Os gestores não falaram com a imprensa, mas Mauro garantiu que a receptividade a decisão do governo estadual foi positiva.
“Recebemos elogios efusivos da prefeita Lucimar Campos. Os dois representantes da Prefeitura de Cuiabá fizeram breves questionamentos, mas ninguém fez nenhuma consideração diferente, até porque os argumentos colocados são claros e evidentes”, declarou, durante coletiva a imprensa.
Segundo Mauro, o estado está tomando uma decisão racional em todos os aspectos. “Alguém que queira falar contra, tem que fazer um estudo muito profundo. Falar por falar até papagaio fala. Tem que ter muita fundamentação e nós nos calçamos. Fizemos com técnicos. Não é um achismo. Tem muita gente que dá opinião baseada no achismo, mas na reunião não houve nenhum questionamento contrário”.
Logo após o comunicado de Mauro, Emanuel afirmou que irá avaliar a decisão do governo antes de se manifestar.
Já Lucimar declarou que tal decisão levou em consideração as necessidades da população e o fim do imbróglio jurídico em torno do modal que interliga Cuiabá e Várzea Grande. “A decisão do governador levou em consideração uma série de necessidades que vão desde o fim de um imbróglio jurídico que se arrasta há muito tempo e uma solução mais rápida e que precisa contemplar vários atores, como os passageiros, a população, as cidades e seu trânsito, e até mesmo o comércio e a indústria, que foram duramente penalizados pelas obras que não saíram do papel”.
Troca
O governador Mauro Mendes pediu ao Ministério do Desenvolvimento Regional a autorização para substituir a execução das obras do VLT. O ofício foi enviado na última sexta-feira (18) ao ministro Rogério Marinho, que comanda a pasta. Também devem analisar a solicitação a Caixa Econômica Federal e o Conselho Curador do FGTS, uma vez que há recursos desses órgãos vinculados ao VLT.
A decisão do governador em pedir a substituição levou em conta estudos técnicos elaborados pelo governo e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana. Os estudos concluíram que a continuidade das obras do VLT era “insustentável”, demoraria até seis anos para conclusão, custosa aos cofres públicos, com pouca vantagem à população e ainda contaria com uma tarifa muito alta.
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