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domingo, novembro 24, 2024

Mato Grosso tem 1 milhão de pessoas na pobreza

A pobreza em Mato Grosso atinge 1,07 milhão de pessoas, sendo 804 mil pessoas em condições de pobreza absoluta, ou seja com rendimento mensal de até meio salário mínimo, e cerca de 267 mil em condições extremas de pobreza, ou seja, com menos de R$ 127,5 para viver por mês, o que representa um quarto do salário mínimo, de R$ 510. O índice, porém, demonstra que houve uma redução entre os anos de 1995 e 2008 de aproximadamente 420 mil pessoas na população que vivem em tais condições. Os números fazem parte de pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), apresentada nesta terça-feira (13).

Conforme os dados, em Mato Grosso 45,9% da população sobrevivia com menos de meio salário mínimo em 1995, o que na época representava 1,025 milhão de indivíduos. Em 2008, 26,8% dos mato-grossenses estavam nestas condições, o que representa 804 mil pessoas. Os números são com base na população divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) em 1996, que apontava 2,235 milhões de habitantes no Estado. Atualmente, segundo IBGE, são 3,001 milhões.

A redução da pobreza é resultado de ações e desempenho tanto dos governos como da economia por si só. Segundo o economista e professor, Vitor Galesso, a migração da população da pobreza, seja extrema ou absoluta, para outro nível de condição socioeconômico, se dá em um primeiro momento com a transferência de riqueza para a população pode meio de programas sociais, como é o caso do Bolsa Família. “As pessoas em condições de extremas de pobreza não são absorvidas pelo mercado de trabalho por maior que seja o crescimento da economia, elas precisam primeiro de ter condições de sobrevivência e se qualificar”.

Em uma segunda etapa, afirma Galesso baseado em dados do Estado, esta massa que passa a ter um pouco mais de renda passa a integrar o mercado formal de trabalho, principalmente pelo setor da construção civil. Em Mato Grosso, por exemplo, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o segmento é um dos que mais empregam, com uma variação de 2,63% em maio, ficando atrás apenas do agronegócio. Por fim, Galesso agrega este avanço ao crescimento da economia, que possibilita a inclusão de tais pessoas. O também economista Vivaldo Lopes qualifica o desempenho do Estado como excelente. Segundo ele, a evolução da economia local, acima inclusive dos níveis nacionais, possibilitaram essa sensível queda no número de pobres.

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