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Rondonópolis
domingo, novembro 24, 2024

Mato Grosso do Sul é o estado onde mais nasceu prefeitos de Rondonópolis

Se ninguém nunca entendeu porque muitas vezes na história dos 61 anos de Rondonópolis a capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, parecia muito mais próxima a Rondonópolis, do ponto de vista de referência, escolha e de busca tanto dos órgãos públicos para a área da saúde e vários outros setores, com seus mais de 460 quilômetros de distância, em comparação a Cuiabá, capital de Mato Grosso, que fica a pouco mais de 200, a história explica o porquê. O estado vizinho foi onde nasceram quatro dos 16 prefeitos eleitos que a terra de Rondon já teve em toda sua trajetória pós emancipação política, ocorrida em 10 de dezembro de 1953.
Ao todo, porém, 18 homens passaram pela chefia do Executivo, mas dois deles acabaram assumindo o Executivo ser ter tido a escolha direta da população para isso, foi o caso do então presidente da Câmara de Vereadores, Ananias Filho, que assumiu depois que a justiça eleitoral cassou por crime eleitoral, de uma só vez, Zé Carlos do Pátio e Marília Salles juntos, os dois que haviam se elegido em 2008 como prefeito e vice, respectivamente. Ananias ficou apenas sete meses como prefeito (05/2012 a 1/2013). Coisa parecida ocorreu também com Antônio Joaquim Alves, o Antônio Abóbora (8/62 a 8/63), quando Luthero Lopes deixou a prefeitura para ser deputado estadual e o vice da época, Lauro de Oliveira Mendes, não quis assumir.
Campo Grande foi a cidade que trouxe ao mundo dois prefeitos da história de Rondonópolis: Hermínio J. Barreto (1/89 a1/93), que além de chefe de executivo foi vereador e deputado estadual, e é a terra natal do falecido engenheiro Luthero Lopes (1/59 a 8/62), terceiro gestor da história da cidade. Rondonópolis ainda foi comandada pelos sul-mato-grossenses Walter de Souza Ulisséia (2/77 a 1/83), que era de Corumbá, e Fausto Faria (5/86 a 12/88), que veio da cidade de Paranaíba e ganhou a prefeitura ao lado de Bezerra, em sua segunda passagem pela prefeitura. Farias assumiu o Executivo, quando o então prefeito renunciou para se candidatar a governador.
Depois de Mato Grosso do Sul, o Paraná e o próprio Mato Grosso foram onde nasceram três prefeitos cada da história de Rondonópolis. Cáceres, Chapada dos Guimarães e Guiratinga, são os municípios de nascimento de Hélio Garcia (1/67 a 1/70), Carlos Gomes Bezerra (1º mandato – 2/83 a 5/86 e 2º mandato – 1/93 a 3/94) e Percival Muniz (primeiro mandato 12/98 a 1/2001; segunda mandato 1/2001 a 1/2005 e terceiro mandato 1/2013 a dias atuais) , exatamente na mesma ordem. Percival, na verdade, nasceu em Ipiaú, no estado da Bahia, mas veio recém-nascido e acabou tendo seu registro de nascimento feito em terras mato-grossenses. Do Paraná vieram Zé Carlos do Pátio (1/2009 a 5/2012), nascido em Londrina; Rogério Salles (3/94 a 1/97), que nasceu em Francisco Beltrão e foi eleito vice de Bezerra, assumindo a cadeira depois da ida do segundo para o senado, e Sátyro Pohl Moreira de Castilho (2/62 a 1/67), o capitão do Exército que era de União da Vitória.
O vizinho Goiás e o estado da Bahia, verdadeiro exportador de matéria humana de qualidade para o Brasil, foram outros a contribuir com a história de Rondonópolis. A próxima Mineiros, que fica poucos quilômetros depois da divisa entre Goiás e Mato Grosso, é a terra de nascimento do Dr. Alberto de Carvalho (1/97 a 2/99), que renunciou do cargo depois de denúncias contra sua gestão, dando lugar ao seu vice Percival Muniz. Goiás é também a terra de Daniel Martins de Moura (1/55 a 1/59), que veio ao mundo em Porto Nacional, e foi o primeiro eleito de Rondonópolis após sua emancipação. Os baianos Rosalvo Farias (1/54 a 1/55), de Barra do Mendes, primeiro homem na história nomeado a comandar o executivo local, e Antônio Abóbora (8/62 a 2/63), de Santana, fecham a lista dos estados que tiveram mais de um representante.
Cândido Borges Leal (1/73 a 2/77), o farmacêutico de Pirajuí, é o único paulista que veio a Rondonópolis e conseguiu ocupar a cadeira de prefeito. Mesmo com uma população imigrante das mais fortes da cidade, apenas Zanete Cardinal (1/70 a 1/73) conseguiu alcançar o topo da política municipal como um gaúcho de nascimento, da cidade de Bossoroca. Do estado vizinho, Adílton Sachetti (1/2005 a a/2009) é o catarinense da lista, tendo como cidade de origem o município de Criciúma.

Da Redação: Hevandro Soares

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