Marina diz ter “compromisso profundo” com a educação.
Em entrevista por telefone à Rádio Eldorado AM de Criciúma (SC) na manhã desta terça-feira (27), a candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, afirmou que a melhoria da educação será uma de suas prioridades caso seja eleita. “Quero dar continuidade nas conquistas dos últimos 16 anos, mas tenho um compromisso profundo com a educação porque ela que fez diferença na minha vida”, disse.
Marina Silva aprendeu a ler e a escrever aos 16 anos pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização, é formada em História pela Universidade Federal do Acre e foi professora da rede pública de ensino. Questionada sobre os movimentos sociais do País, Marina afirmou que “o movimento dos professores precisa avançar, para que eles tenham um salário decente”.
A candidata verde comentou o fato de duas mulheres estarem concorrendo ao Palácio do Planalto e apontou um diferencial de sua campanha. “Eu quero fazer política sem aquela visão de destruir, de dar rasteira. O Brasil não pode discutir quem tem o melhor passado, quem tem o melhor currículo e quem é o melhor gerente”. Ela voltou a afirmar que é a única candidata que precisa de eleitores. “Uma boa parte acha que vai ganhar a eleição porque tem estrutura, porque tem horário na televisão e nem participa de debates. Eu não, eu preciso dos eleitores”, afirmou.
Marina comemorou o índice apontado na pesquisa Datafolha, divulgada no sábado (24). “Fui a última a entrar na disputa. (José) Serra está desde que perdeu a última eleição e, há três anos, o presidente Lula vem falando que Dilma seria candidata. Eu comecei agora e já estou com 10% (das intenções de voto) sem estruturas faraônicas”, disse.
Com relação à extração do carvão na região de Criciúma, Marina apontou o problema ambiental, mas destacou que a cidade tem uma série de atividades interessantes, como a produção de plástico, a indústria têxtil e a cerâmica. “É uma economia diversificada. No caso do carvão tem o problema ambiental. É fundamental buscar cada vez mais novas alternativas para que o município continue se desenvolvendo”, afirmou.
