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domingo, fevereiro 23, 2025

Manoel Pessoa Prado “Do Ceará à Rondonópolis num caminhão pau-de arara, a viagem durou 18 dias.”

Manoel Pessoa Prado, 72 anos pai avô, espírito jovem, apaixonado pela vida pública e por aqueles que nela brilham. Assessor parlamentar de extremada confiança, Manoel é daqueles que veste não só a camisa naquilo que acredita, veste sim a roupa inteira e com grande coração. Ocupa hoje um alto cargo executivo no segmento político, ex candidato a vereador por Rondonópolis, ele atrai para si a atenção e o respeito dos novos políticos que estão chegando e tentando fazer carreira. Casado com a funcionária pública municipal Maria das Graças Guilherme Frota Prado, com quem tem 03 filhos; Eunice Hélem administradora de empresa, Elias Frota do Prado fisioterapeuta e biólogo, e a caçula Emanuela que está cursando medicina no Estado do Acre. Dois netos compõe a alegria da família Vinícius Mateus e Felipe Manuel.
Jornal Folha Regional; Manoel, fale um pouco dos seus familiares, e da sua infância;
Manoel Prado; Eu nasci em Camuci no Estado Cearense, a cidade naquele tempo era muito pequena, surgiu pelo movimento da malha ferroviária que cortava vários municípios cearenses. Meu pai Venâncio Lopes do Prado era ferroviário, minha mãe Eunice Teles Pessoa do lar. Nós éramos em 21 irmãos, foi uma infância pobre, mas sempre com muita dignidade.
JFR; Como foi possível para seus pais a criação dos 21 filhos?
Manoel Prado; Meu pai tinha 15 filhos do primeiro casamento, e teve 06 do segundo com minha mãe, a diferença de idade entre meu pai e minha mãe era muito grande. Naquele tempo dependendo da idade do homem e da mulher não era permitido o casamento no civil, e por isso casaram somente na igreja.
JFR; O que ficou das suas primeiras mudanças pelas cidades do Estado Cearense, as suas experiências foram marcantes?
Manoel Prado; Quando nós mudamos de Camuci eu tinha 04 anos de idade, saímos eu meus pais e mais 04 irmãos, fomos para a cidade de Uruóca, e onde residimos por 02 anos. Após esse período mudamos Martinópole, onde permanecemos de 1948 até 1962. Quando sai de Martinópole estava com 18 anos e 07 meses fui dispensado do quartel, todos aqueles momentos ficaram fortemente marcados em minha vida.
JFR; Como você conheceu Rondonópolis, que naquele tempo era uma tímida cidade do estadão mato-grossense, e porque essa opção pela terra de Rondon?
Manoel Prado; Abdias Dourado, pai do nosso querido amigo Antonio Dourado, era vereador presidente do Legislativo local, e tinha parentes aqui em Rondonópolis. Ele fretou um caminhão Mercedes Benz, e assim partimos do Ceará para Rondonópolis no caminhão pau – de arara com 60 pessoas em cima, corria o ano de 1960, a viagem durou 18 dias. Eu vim para trabalhar e progredir, Mato Grosso sempre foi sinônimo de progresso. Mas tenho que dizer que esse período teve uma forte influência do meu pai, ele era um sonhador, um dia ele disse a minha mãe; “Quando eu morrer eu deixarei 02 filhos que cuidarão de você”. Essa frase me marcou, eu sempre tive a mente aberta e o sonho de realizar grandes projetos.
JRF; Ao chegar em Rondonópolis qual foi o seu primeiro emprego ?
Manoel Prado; O meu primeiro emprego foi de balconista no Bar do Roxinho que ficava na Marechal Rondon, o segundo na loja do Amâncio, que vendia máquinas de costura, rádios, confecções e miudezas, depois trabalhei também na loja do Melquides Miranda, avô do Zé do Pátio, a loja se chamava A Vantajosa, e após trabalhei na fábrica de calçados do Dermival Gil do Amaral. Esse emprego foi um dos mais importantes, eu acabei adquirndo todo o estoque da loja e passei a ter o meu próprio negócio. Sou muito feliz em Rondonópolis.
JFR; Muito grato pela entrevista.

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