O tráfego de veículos no trecho das BRs 163 e 364 voltou a fluir na manhã desta quarta-feira (02) em Rondonópolis. A pista, que nesta região tem a sobreposição das duas rodovias, estava bloqueada na altura desde a segunda-feira (31) por manifestantes descontentes com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo.
Ontem à tarde, após o pronunciamento em que Bolsonaro criticou os bloqueios e atos violentos, representantes das forças de segurança tentaram convencer os manifestantes a desobstruírem a pista e alertaram para a possibilidade de usar a força para cumprir uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar da resistência inicial, hoje os manifestantes retiraram pneus e montes de areia que haviam sido colocados para impedir a passagem de veículos. Os veículos que bloqueavam a pista também foram retirados e o tráfego agora flui lentamente.
O Tenente-coronel PM, Lauro Márcio Osório da Silva, que está comandando o 5º Batalhão da Polícia Militar em substituição legal ao Tenente-coronel Gleber Cândido, acompanha as negociações desde o início e disse que o clima está mais tranquilo.
Lauro Osório explicou que desde o início as forças de segurança buscaram o diálogo, para resolver o impasse de forma pacífica.
“Em situações sensíveis como esta que temos que agir com a razão acima da emoção. O pessoal entendeu nossa demanda e está dando tudo certo”, afirmou.
PROTESTO
A avaliação das forças de segurança é de que a situação mais crítica foi superada, com pouco risco de haver um novo bloqueio em Rondonópolis. Parte dos manifestantes permanece mobilizada, mas agora os veículos estão posicionados no acostamento da pista e também do posto de combustível localizado no entroncamento das duas rodovias federais.
Pela manhã um grupo também promoveu um ato público em frente à sede do 18 Grupo de Artilharia e Campanha (18º GAC), unidade do Exército que serve de referência para toda a região.
O ato foi pacífico e os manifestantes voltaram a questionar o resultado a eleição presidencial, sugerindo uma intervenção militar para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A reportagem não conseguiu contato com o comando do 18º GAC para falar sobre a manifestação.
Eduardo Ramos – Da Redação