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SESI terá programa para combater as doenças psicossociais

O Serviço Social da Indústria (SESI) terá, até o final deste ano, um programa para ajudar as indústrias na prevenção de doenças psicossociais relacionadas ao trabalho. Conforme dados do Ministério da Previdência Social, males como depressão, estresse, ansiedade e outros transtornos são responsáveis por 16,7% dos afastamentos das mulheres e por 9% das falta dos homens ao trabalho.

“Devemos ofertar, até dezembro, publicações, serviços e cursos para promover a saúde mental dos trabalhadores”, explica Sylvia Yano, especialista em Segurança e Saúde do SESI.

Para elaborar o programa, o SESI adaptará para o Brasil, a metodologia de gestão de riscos psicossociais (PRIMA – Psychosocial Risck Management), criada por professores do Instituto de Organização do Trabalho e Saúde, da Universidade de Nottingham (ING) e validada pela Organização Mundial de Saúde. Sylvia lembra que as doenças psicossociais podem estar relacionadas aos modelos de relação de trabalho, insegurança no emprego, intensificação da carga de trabalho, exigências decorrentes da competitividade, do fluxo de informações e do avanço da tecnologia. “O males afetam a produtividade das empresas, causam acidentes e aumentam os custos com planos de saúde e das alíquotas do seguro da previdência social.”

WORKSHOPS – Nesta semana, os autores da metodologia Prima, Stavroula Leka e Aditya Jaim estarão no Brasil para dois workshops: um será realizado na segunda-feira, 8 de agosto, em Brasília, e outro na terça-feira, 9 de agosto, em São Paulo. Os encontros reunirão gestores de empresas industriais e técnicos em saúde do governo e do SESI, além de especialistas de organizações internacionais do trabalho, como OIT e OPAS. Na quarta, 10, os professores convidados falam da metodologia no Fórum Internacional sobre Riscos Psicossociais e Saúde Mental no Trabalho, também na capital paulista.

O SESI está atento ao tema e, em 2010, realizou o estudo Custos e impactos sobre a produtividade na indústria do Brasil, solicitado à Universidade Federal da Bahia (UFBA). O diagnóstico e a análise derivaram para uma nova encomenda, desta vez para a Universidade de Brasília (UnB), que preparou o Diagnóstico sobre os riscos no trabalho para os transtornos psicossociais nos diferentes setores da indústria, também entregue em 2010.

O estudo mostra que episódios relacionados à depressão e à ansiedade foram os mais frequentes, entre as doenças psicossociais, no Sistema de Acompanhamento e Controle de Benefícios por Incapacidade do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS), entre 2009 e 2010. As síndromes depressivas, responsáveis por 36% dos afastamentos em 2010, implicam tristeza, pessimismo, auto-estima baixa, lentidão psicomotora e diminuição da atenção. Os males afetaram trabalhadores de diferentes setores industriais, como de alimentos, confecção e calçados, construção civil e metalurgia
Fonte:FIEMT

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