A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso – Fecomércio/MT e a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso – Facmat falaram na quarta-feira, 20 de abril, sobre conjuntura econômica no primeiro trimestre deste ano. As entidades cruzaram dados de pesquisa conjuntural e de sistema de informação de crédito.
De janeiro a março ocorreram 59.571 exclusões do cadastro do Sistema e Informação de Apoio à Concessão de Crédito- Crediconsult, um serviço disponibilizado pela Facmat, que une dados de âmbito regionais, e tem dentre os parceiros a SERASA e são gerados por associados em 63 Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso.
Equilíbrio entre os registros
O número de excluídos, entretanto, é praticamente equilibrado com o de incluídos, 61.740 mil, na leitura da entidade. O diretor da Facmat, Manuel Gomes destacou que a situação do comércio transita de estável a crescente, apesar da fase de algum susto ou desequilíbrio orçamentário os consumidores mantém em alta sua condição de crédito, que estão favoráveis para aquisição de bens de consumo.
Manuel destaca que numa análise do trimestre, o mês de março foi o que teve o mais elevado número de inclusão de inadimplentes no sistema, analisando o movimento de registro, em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, foi também o que teve o maior número de exclusão, sendo que 21.163 registros saíram da inadimplência no mês passado.
Na divulgação dos números de inclusão, do Crediconsult, o diretor da Facmat mostra que em janeiro deste ano ocorreram 19.993, contra 19.403 do ano passado; em fevereiro 19.195, sendo que em 2010 foi de 18.852. No mês de março de 2011, ocorreram 22.532, sendo que no ano passado foi mais elevado, 25.427. No montante do Crediconsult, consta como registros ativos acumulados nos últimos cinco anos a quantidade de 421.271 CPF e CNPJ, num total financeiro de R$ 149.033.835,25.
No que se refere às exclusões, em janeiro de 2010 foram 18133, e deste ano, 19.213. Em fevereiro do ano passado o número foi 20.207 e no mesmo período de 2011, foi de 19.195. Em março do ano passado o serviço registrou 21.881, uma diferença superior a 718 registros reabilitados.
Confiança do mercado continua
O presidente em exercício da Fecomércio/MT, Hermes Martins disse que os empresários do setor estão apostando na estabilidade econômica, tanto do país, quanto do próprio Estado, sendo que neste semestre está em 81% o grau de confiabilidade, e os primeiros três meses do ano não tiveram impacto que fizesse o mercado recuar. Tanto é que para o Dia das Mães há previsão de incremento nas vendas na ordem de 5 e 6%, em relação ao mesmo período de 2010.
Se for analisado o índice de devolução dos cheques sem fundos no país, o Estado configura na 11ª posição dentre os de maiores índices, o que revela uma situação na média, muito embora seja a maior taxa, se analisar os estados do centro-oeste. Este documento, entretanto, já não é o que detém maior participação nos pagamentos em relação às vendas praticadas no comércio mato-grossense. Hoje os estabelecimentos, segundo pesquisa da Fecomércio/MT, têm sido efetuados 36% à vista, principalmente em dinheiro e cartão de débito, 23% através de crediário e duplicatas; 21% no cartão de crédito e o cheque pré-datado detêm 20%.
Hermes informou que no dia 19 de abril, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo –CNC, entidade da qual a Fecomércio/MT é integrante, divulgou os resultados de abril das pesquisas nacionais de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC
Pesquisas da CNC
Nos resultados de abril das pesquisas nacionais de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizadas pela CNC. Os números revelam uma provável desaceleração no consumo para 2011 e um recuo no nível de endividamento das famílias brasileiras.
ICF – O índice de Intenção de Consumo das Famílias registrou 132,6 pontos em abril – uma queda de 1,4% em relação a março e uma alta de 1,7% na comparação com igual período de 2010. Na comparação mensal (abril, ante março), nenhum subitem da pesquisa apresentou crescimento, exceto “satisfação com o emprego atual”, que teve alta de 1,0%. Já em relação a abril de 2010, todos os indicadores foram positivos, e apenas a “perspectiva de consumo” acusou queda (-0,5%). “A dinâmica do ICF ratifica o cenário de desaceleração do consumo em 2011, que já era esperado desde o início do ano”, afirma o economista da CNC Fábio Bentes.
PEIC – Neste mês, o percentual das famílias endividadas caiu para 62,6%, ante 64,8% em março e 58,0% em abril de 2010. Houve recuo também no percentual de famílias sem condições de quitar suas dívidas: 7,8% em abril, ante 8,4% em março e 9,0% em abril de 2010. O tempo médio de atraso no pagamento das dívidas caiu de 61,5 dias em março para 58,8 dias em abril. Já a parcela média da renda comprometida com dívidas aumentou, na comparação anual, passando de 29,6% para 29,8% no mês corrente. “A percepção em relação ao nível de endividamento apresentou piora em abril, dado que mais famílias se declararam ‘muito endividadas’. Contudo, o percentual de famílias com dívidas tem apresentado queda desde fevereiro, o que levou o índice, em abril, a um patamar abaixo da média observada em todo o primeiro trimestre do ano”, afirmou a economista Marianne Lorena Hanson.
Para ter acesso a integra destas pesquisas basta acessar o Portal do Comércio-
Fonte Portal acir
