A Prefeitura de Rondonópolis, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), mantém um convênio com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e a Fundação Nova Chance, para a reinserção de reeducandos da Penitenciária da Mata Grande na sociedade e mercado de trabalho há dois anos.
Neste período, passaram pelo projeto mais de 50 reeducandos que trabalharam em paisagismo, jardinagem e limpeza urbana. Cerca de 20 já deixaram a prisão, alguns já estão trabalhando em empresas da cidade, outros foram para o sistema semiaberto e também permanecem a serviço do município.
O secretário municipal do Meio Ambiente, João Fernando Copetti, explica que a Semma é responsável pela contratação e pagamento dos reeducandos que vão trabalhar sob a gestão da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder). Os reeducandos fazem os trabalhos e recebem uma bolsa de auxílio de custo e também a redução da pena.
Somente podem participar do projeto, como reforça o diretor de urbanismo da Coder, Oderly Xaxim, que coordena as equipes de trabalho, os reeducandos em final de pena e que recebem autorização da Justiça e passam por prévia capacitação para o trabalho externo na Penitenciária da Mata Grande. “Nesta quinta-feira (27), a Justiça autorizou outros 40 reeducandos a integrarem o projeto. Eles vão passar agora pela capacitação e aguardamos a autorização de quem poderá iniciar o trabalho conosco”, diz.
Para Copetti, o projeto é fundamental na reinserção social dos reeducandos e também para a economicidade da administração pública, que atua pagando uma bolsa aos trabalhadores ao mesmo tempo que auxilia com que eles possam se reinserir no mercado de trabalho novamente e terem oportunidades de empregos após deixarem a prisão.
Oderly conta que eles são incentivados a procurem o trabalho. Deixarem currículos em empresas, em realmente se empegarem a começarem uma nova vida quando deixarem a prisão. “A intenção principal é a reinserção. Tanto que temos prova daqueles que já saíram da prisão e estão trabalhando em empresas locais”, ressalta.
Hoje, o projeto conta com oito reeducando, que usam tornozeleiras eletrônicas durante o trabalho nas ruas, e os mais 40 autorizados que podem passar a integrar o programa nas próximas semanas. Com uma taxa de fuga baixa – apenas dois casos em dois anos – a ideia da Semma é ampliar o projeto. “Queremos criar um nome para o projeto, uma vestimenta diferente para eles e continuar contribuindo com eles e eles com nossa cidade”, destaca Copetti.