POLÍTICA

Lula avança em pesquisa Quaest e recebe apoio de economistas

Pesquisa Quaest realizada de forma presencial, contratada pela Genial Investimentos e divulgada hoje, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 46% as intenções de voto no cenário estimulado, quando os entrevistados recebem uma lista com os nomes dos candidatos. Em segundo lugar está o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 33%.

Em relação à sondagem anterior, divulgada na semana passada, o petista oscilou positivamente dois pontos (antes, tinha 44%) e o chefe do Executivo variou um ponto para baixo (antes, tinha 34%) —as movimentações estão dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa aponta Lula com 50,5% dos votos válidos — quando são excluídos brancos, nulos e indecisos —, o que indica a possibilidade de vitória em 1º turno. Mas, por conta da margem de erro, o petista tem entre 48,5% e 52,5%. Segundo a Lei das Eleições do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para o candidato vencer a eleição sem necessidade de 2º turno ele precisa de 50% dos votos válidos mais um.

O terceiro lugar tem um empate técnico entre Ciro Gomes (PDT), que se manteve com 6% (6,6% dos votos válidos), e Simone Tebet (MDB), com 5% (5,5% dos votos válidos), assim como na semana passada.

Soraya Thronicke (União Brasil) se manteve com 1% e empata tecnicamente com Tebet. Os demais candidatos não pontuaram.

A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas face a face, entre os dias 24 e 27 de setembro. Segundo o instituto, o índice de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-04371/2022 e custou R$ 125.896,48.

APOIOS
Ontem (27) o candidato da coligação Brasil da Esperança recebeu o apoio de diversos economistas e ex-ministros de governos anteriores por uma vitória já no primeiro turno das eleições, no próximo domingo (2).

Em agradecimento, Lula voltou a citar o educador Paulo Freire, destacando que o encontro representou “a união dos divergentes para vencer os antagônicos”. Participaram do encontro ex-ministros dos governos José Sarney (MDB), Itamar Franco (ex-PMDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB).

O diplomata Rubens Ricupero, ex-ministro de Itamar, chegou a citar também o ex-presidente Tancredo Neves (MDB), para defender a unidade entre os democratas. “Ele (Tancredo), se vivo fosse, estaria aqui conosco hoje. Porque ele representava esse espírito de uma ampla união nacional para reconstruir o país, depois do regime militar. Hoje, de certa maneira, nessa eleição, estaremos refundando a Nova República”, afirmou Ricupero.

Do mesmo modo, o economista André Lara Resende, um dos elaboradores do Plano Real (1994, com Itamar Franco), defendeu a eleição de Lula no primeiro turno como forma de restabelecer a “normalidade democrática e institucional”. “É importante a sua eleição imediata, para podermos passar imediatamente a pensar no futuro, e não continuar por mais algumas semanas penosas, de uma campanha agressiva e raivosa no país”.

 

Aos economistas no encontro, Lula frisou que é contra o Teto de Gastos, que ele “chamou de aprisionamento que o sistema financeiro fez do governo”. “Quem tem responsabilidade não precisa de Teto de Gastos”, declarou o candidato, ressaltando que a “fome não pode esperar”.

MELHOR PARA O BRASIL
Ex-senador pelo PSDB e ex-ministro das Relações Exteriores no governo Temer, Aloysio Nunes disse que o grupo ali reunido representava “o que foi feito de melhor no Brasil, depois da Constituinte”. Ele citou conquistas suprapartidárias, como o fortalecimento do SUS, entre outros. E disse que essas conquistas foram e estão ameaçadas pelo governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

“Não vamos deixar essa pessoa (Bolsonaro), ferido de morte, nas convulsões finais, mas com a caneta na mão, podendo criar grandes transtornos. Por outro lado, precisamos começar desde já, desde o dia 2, a trabalhar pensando e construindo o futuro”, disse Nunes.

Ex-ministro de Sarney e de Fernando Henrique, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira também citou outros políticos que tiveram papel de relevo na redemocratização do país. “Não estamos só nós. Também estamos juntos com Ulysses Guimaraes (ex-presidente da Constituinte), com Mário Covas, com Franco Montoro (ex-governadores de São Paulo) e com Tancredo. Temos um passado atrás de nós que é muito importante. E mais importante do que isso, nós estamos com o povo, que precisa dramaticamente de apoio e compaixão”.

 

Da Redação 

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