30.3 C
Rondonópolis
quinta-feira, outubro 10, 2024

Lucas Perrone – Do sonho de infância, ser jogador do União a jornalista e escritor rondonopolitano.

Lucas Perrone é natural da bela cidade de Presidente Prudente no interior paulista, trás na sua descendência o tradicionalismo de família, neto de Marinho Franco e Isabel Franco, saudosos fundadores da musicalidade rondonopolitana. Filho do médico Dr. Perrone e da empresária Lassimi. Com poucos meses de idade aportou em Rondonópolis, e como não poderia deixar de ser criou fortes raízes contribuindo com o desenvolvimento da sociedade rondonopolitana. Vamos conhecer um pouco mais da trajetória vitoriosa deste magnífico profissional da nossa imprensa.
Jornal Folha Regional: Seus pais mudaram temporariamente de Rondonópolis para Presidente Prudente, qual foi o motivo dessa mudança?
Lucas: Meu pai havia recebido um convite, uma proposta de trabalho naquela cidade, e decidiu aceitar, eu nasci lá onde meus pais permaneceram apenas por um ano. Posteriormente, eles voltaram para Rondonópolis onde a família se fixou de vez.
JFR: Como foi a sua infância aqui na cidade de Rondon, você também frequentava o Rio Arareau onde a maioria das crianças brincavam naquela época?
Lucas: Eu era mais focado no futebol, os meus momentos de lazer na infância eram nos campinhos que existiam em Rondonópolis. O meu sonho era ser jogador do União, eu chegava da escola fazia as tarefas e corria para o campo, onde nós passávamos horas e horas disputando as chamadas peladas.
JFR: Ainda na questão do seu sonho especial, em determinada ocasião ocorreu algo que se transformou para o menino Lucas numa grande decepção, o que realmente aconteceu?
Lucas: Um dos campos que nós frequentávamos, ficava onde é hoje as instalações do CEDIR, local em que a equipe do União resolveu fazer uma peneirada, naquele momento havia muitas crianças e o campo estava lotado. O saudoso Zé Cachorro arregimentava a garotada para escolher os melhores, ou seja os que jogavam bem. Todos estavam apreensivos, afinal jogar no União era uma grandiosidade. Em dado momento do teste o Newtinho (colega de infância) cruzou a bola que bateu na minha canela e saiu fora do campo. O organizador da peneirada Zé Cachorro imediatamente me exclui pediu que eu saísse do campo. Aquele foi um momento trágico para mim, onde o meu sonho de ser jogador do União havia chegado ao fim. Mas depois de algum tempo eu relembrava o fato com os colegas e até riamos bastante, acabei ficando muito amigo do Zé. Além do campinho onde é hoje o CEDIR, nós jogávamos também no La Salle, no espaço onde era o antigo campo de aviação e em um outro campo que ficava entre a Domingos de Lima e a Pedro Ferrer.
JFR: Você começou seus estudos em Rondonópolis, mas posteriormente saiu para estudar fora em que fase da sua vida se deu essa mudança?
Lucas: Eu estava com 16 anos de idade e saí para estudar em Piracicaba no interior de São Paulo, de Piracicaba fui para a capital São Paulo onde me formei na UNESP, conheci muitos jornalistas influentes dentre eles Fernando Rodrigues do Jornal Folha de São Paulo, foi uma grata experiência.
JFR: Qual foi o seu primeiro emprego como jornalista em Rondonópolis que a partir do mesmo tornou a sua carreira brilhante?
Lucas: Eu recebi um convite da jornalista Claudia Bovie que me encaminhou para a TV Centro América, esse foi o meu primeiro emprego na cidade. Trabalhei também no Jornal de Hoje, posteriormente retornei a TV Centro América, ajudei a formar a Primeira Hora. Trabalhei no Diário Regional, no Jornal de Hoje, e no Jornal A Tribuna durante 7 anos. Fui assessor parlamentar do então deputado José Carlos do Pátio, Secretário de Imprensa na gestão do prefeito Adilton Sachetti e na gestão do prefeito Percival Muniz.
Trabalhei também com o jornalista Romilson Dourado em Cuiabá, no Agora MT, e nos dias de hoje presto assessoria a Câmara Municipal, e também presto uma colaboração ao Jornal Folha Regional do nosso amigo Evandro Santos.
JFR: Como surgiu a oportunidade do Lucas jornalista ser também um escritor?
Lucas: Estou completando 20 anos de imprensa em Rondonópolis, e como jornalista as notícias dos bastidores as vezes falam mais alto na nossa observação. Em uma conversa descontraída com o meu amigo Hermélio Silva que é um próspero escritor citei algumas passagens engraçadas que havia ocorrido com gente famosa na cidade, algumas delas personalidades politicas muito influentes. Ele então sugeriu que colocasse todo esse material formando um livro que perpetuasse, e oportuniza-se uma leitura fácil para todos. O livro chama-se “COISAS QUE VI, VIVI E OUVI” é uma síntese histórica dos bastidores da sociedade rondonopolitana pessoas que ajudaram no desenvolvimento desta cidade. O livro é um sucesso, estamos preparando o volume II para ser publicado em breve.
JFR: O que representa para o jornalista Lucas toda essa tradição familiar?
Lucas: É uma honra ser neto de Marinho Franco e Izabel, ter em família meus valorosos tios e tias grandes batalhadores, que muito fizeram para o desenvolvimento da antes pequena Rondonópolis.
A exemplo do meu avô Marinho Franco, que até hoje todos que o conheceram dizem: “Na casa do Marinho não tinha portas, chegue quem chegar todos vão direto para a cozinha comer um pão e tomar um café, mas se chegasse na hora do almoço todos se fartavam.” Muitos que chegavam pela primeira vez na então pequena cidade encontravam um “porto seguro” ali encontravam um conselheiro comida a vontade, muito apoio e até mesmo em dinheiro e até remédio. É uma honra ser filho de Perrone e Lassimi e irmão de Estela e Nara, quero citar aqui o especial o amor e carinho que tenho pelo meu filho Piato Perrone com 8 anos de idade.
JFR: Para finalizar, faça uma breve avaliação sobre a cidade de Rondonópolis, e como cidadão qual é a sua expectativa com relação as eleições neste 2018?
Lucas: Eu tenho uma grande preocupação com a violência que se instalou nesta cidade, Rondonópolis está cada vez mais perigosa. É uma cidade com grande desenvolvimento social e econômico, mas a sociedade rondonopolitana está carente de segurança. Com relação ao plano politico nacional tenho a impressão que o candidato que o povo quer ainda não apareceu, é um momento de instabilidade nas decisões, e quem queria passa de repente a não querer mais. Agradeço por esse espaço gentilmente oferecido pelo Folha Regional.

RELACIONADAS

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

OPINIÃO - FALA CIDADÃO