Reabilitação para pacientes submetidas à cirurgia de câncer de mama
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) disponibiliza aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) o serviço de reabilitação pós-operatória de cirurgia do câncer de mama. O serviço previne e promove o tratamento das complicações que podem surgir após a cirurgia de câncer de mama (retirada total ou parcial da mama). Dentre as complicações destaca-se o linfedema (inchaço do braço do mesmo lado da cirurgia, devido à retirada dos gânglios linfáticos), o comprometimento da amplitude de movimento do braço e a alteração da força muscular, além do fator psicológico.
A diretora geral do Cridac, Lucia Provenzano, disse que “a reabilitação pós – operatória é necessária não apenas para a correção de seqüelas físicas da operação de câncer de mama, mas também por causa dos efeitos psicológicos da perda do seio operado, como a baixa estima pessoal e a depressão. Além da reabilitação o Cridac também oferece a prótese mamária externa aos pacientes operados”.
O objetivo do serviço de reabilitação no pós-operatório do câncer de mama é aumentar a amplitude dos movimentos do braço do lado operado, diminuir a dor proveniente da cirurgia, prevenir e diminuir o Linfedema (situação que, se não for cuidada pode evoluir para uma Erisipela), manter a força muscular, melhorar a circulação do membro do lado operado, readaptar as atividades de vida diária e reintegrar o paciente às atividades sociais.
A fisioterapeuta do Cridac, Cristiane Ferraz de Mesquita, explicou que o serviço funciona no Centro de Reabilitação desde o ano de 2006, atendendo uma média de 120 pessoas por mês. “O acesso ao serviço acontece de duas maneiras: em uma delas o médico que realiza a cirurgia de câncer de mama encaminha o paciente ao Cridac. Em outra situação o próprio paciente, sentindo os efeitos do Linfedema e outras complicações, procura o serviço no Cridac”.
A assistência aos pacientes operados é prestada por uma equipe multiprofissional que inclui os serviços de fisioterapia, terapia ocupacional, psicopedagogia e arteterapia. O tratamento tem duração média de sete meses a um ano.
“Os pacientes recebem, além da atenção da equipe multiprofissional, uma Cartilha que informa sobre orientações e cuidados com o membro do lado da cirurgia, exercícios e a automassagem que devem ser realizados diariamente para evitar complicações, principalmente o Linfedema”, informou Cristiane Ferraz.
Dentre as atividades que precisam ser evitadas no pós-operatório de câncer de mama, destacam-se a exposição ao calor (que facilita o acúmulo de líquido no braço), levantar peso, realizar movimentos repetidos, ficar por longo período em uma mesma posição, tirar cutícula, tomar injeção e medir pressão no membro do lado operado.
Wilma Pereira Carvalho, 51 anos, começou o tratamento no Cridac em Setembro de 2008, após ter sua mama retirada no Hospital do Câncer e ter sido encaminhada ao Cridac pelo médico que a operou. “Além dos exercícios de fisioterapia, as instruções especificas sobre como proteger o braço afetado são muito úteis, sem deixar de mencionar o apoio psicológico, especialmente as sessões de psicopedagogia em grupo. As experiências que trocamos com outras pacientes nos dão a necessária coragem para enfrentar a perda da mama e melhoram a qualidade de vida de todas nós, pacientes. O serviço é excelente”, afirmou
SESMT