A Santa Casa de Rondonópolis , ao que tudo indica, deve sair de mais uma crise financeira. O motivo dessa reação de confiança da Folha Regional está no fato da garantia da bancada federal de Mato Grosso que vai repassar emendas ao hospital, na ordem de mais de R$ 20 milhões.
Essa quantia financeira não vai apagar o rombo financeiro da Santa Casa que é de R$ 25 milhões, mas vai servir para dar condições do Hospital não fechar as portas, pois vai ser possível com esses recursos; pagar a dívida e ter garantias pare renegociar com tranquilidade o que restar para executar o pagamento e praticamente deixar o sanado e pronto para crescer.
No entanto, vale destacar e lembrar que essa crise, que a Santa Casa viveu é um alerta. A nova direção do Hospital sentiu na pele a falta de credibilidade, em razão de fracassos administrativos sofrido no passado. Muita gente, inclusive da classe política, questionava os investimentos do Poder Público na Santa Casa, alegando que estava diante de um saco sem fundos.
Falava-se que nada adiantaria colocar dinheiro no Hospital, pois não se saberia para onde estariam indos os recursos investidos na Santa Casa, e mais: em pouco tempo o dinheiro mandado para a unidade de saúde simplesmente era gasto rapidamente e logo em seguida a diretoria da Santa Casa estava de pires na mão , indo a público mendigar por ajuda.
No momento atual está se provando aos poucos que as coisas estão diferentes com relação à Santa Casa. A primeira diferença está na política aplicada da transparência, hoje os números do hospital são públicos e notórios, a sociedade tem acesso e sabe quanto a Santa Casa gasta e quanto recebe mensalmente e quanto e para quem deve.
Outro aspecto está na questão dos gastos, praticamente todos os contratos, principalmente, os mais volumosos estão sendo revistos e reanalisados e buscando valores mais justos e dentro da realidade financeira do hospital.
Porém para o Hospital realmente andar com as próprias pernas é preciso ainda resolver algumas questões a curto prazo; uma delas são os valores pagos pelas Utis, que segundo a diretoria da Santa Casa, não cobre os custos gastos e gera prejuízo.
O que a diretoria da Santa Casa quer é que os valores pagos nas Utis sejam os mesmos que são pagos para a Santa Casa de Cuiabá, por uma simples questão de justiça. O entendimento é que pacientes não somente de Rondonópolis, mas de todo o Estado de Mato Grosso são atendidos aqui da mesma forma que são atendidos em Cuiabá.
Portanto, esperamos que sejam tirados aprendizados deste momento de crise e que no futuro, quando se falar da Santa Casa, que seja lembrada como o grande hospital de alta e média complexidade do Sudeste do estado, e que essa crise seja a última e a partir de agora que a Santa Casa realmente cresça e garanta o atendimento de excelência que sempre teve em nossa cidade.
