Neuraci Castro, “Leila Castro” como é conhecida pela sua atuação nas comunidades e na sociedade rondonopolitanaé natural de Alto Araguaia MT. Aos 63anos de idade, ela continua vivendo o espírito comunitário e fraternal, e parabeniza as mulheres pelo seu dia.
Jornal Folha Regional; Como você se sente fazendo parte dessa família tradicionalmente goianae mato-grossense.
Leila Castro; Meu pai Alques de Castro era de família tradicional de Goiás, minha mãeSebastiana Gomes de Castro era natural de Coxin naquele tempo ainda Mato Grosso. As duas famílias tinham algo em comum,eram numerosas e se envolveram com trabalhos sociais apoiando os menos favorecidos. Herdei muito valores dos meus pais inclusive a paixão pelas amizades, e o desprendimento pelas causas humanas. É um sentimento de realização que eu sempre tive.
JFR; Seus pais se conheceram em Coxin, e acabaram se casando em Alto Garças, posteriormente foram para Poxoréo, como foi feita essa viagem?
Leila Castro;Meus pais se casaram em 1930, foi uma grande festa animada pelo conjunto do Marinho, minha mãe sempre dizia foi uma das maiores festas de Alto Garças que durou por vários dias. Depois de alguns anos eles foram de mudança para a cidade de Poxoréo, a viagem foi feitade carro de boi.
JFR; Como foi a sua trajetória na infância e na adolescência, depois que seus familiares retornaram novamentea Alto Garças onde ficaram por alguns anos, para depois vir definitivamente de mudança para Rondonópolis?
Leila Castro;Na minha infância fiz meus estudos em Rondonópolis no Colégio Sagrado Coração de Jesus. Nós morávamos na região da Vila Salmen próximo ao DNERFomos trazidos para Rondonópolis, pelo saudoso empresário e fazendeiro da época Cesar Borges, que era apoiado pelo benemérito Zé Turquinho que construiu o primeiro posto de gasolina as margens da BR 364, onde hoje é o viaduto. No prédio do Posto tinha restaurante e algumasresidências, naquela ocasião Turquinho doava terrenos para quem quisesse construir, com umaúnica intenção, “ver Rondonópolis se desenvolver.”
JFR; Como era o lazer nos anos 50 na cidade, e qual a homenagem que a família Castro prestou à Rondonópolis?
Leila Castro; Eu e meus irmãos tínhamos como lazer os bailes tocados pelo conjunto Marinho e seus Beat Boys. Na minha família nós éramos em 23 irmãos, sendo 18 filhos adotivos e 05 naturais. Nós contribuímos muito para o desenvolvimento social da cidade de Rondonópolis em vários segmentos, temos na família irmãos empresários, alguns ligados ao esporte e outros setores da nossa sociedade. A minha irmã empresária Mizinha fez a doação em nome da família, do primeiro carro de boi instalado na Praça dos Carreiros.
JFR; Para finalizarmos esta entrevista, queremos primeiro agradecer pela distinta receptividade a reportagemdo Folha Regional, e parabenizá-la pelo Dia Internacional da Mulher comemorado no último sábado dia 08. Ao mesmo tempo prestamos em seu nome uma homenagem a todas as mulheresque ajudam a construir esta cidade, este estado e este país. Parabéns pelo seu Dia.
Leila Castro; Muito grato por esta oportunidade, e digo sempreque os direitos sociais, culturais, econômicos, entre todos os avanços conquistados pela mulher, ela continuará sendo a “Rainha do Lar.”
REDAÇÃO; DENIS MARES
