POLÍTICA

Com fim de prazo judicial, Rondonópolis pode ter cenário de guerra no residencial André Maggi

O Ministério Público Federal – MPF tinha até o último dia 14 de agosto para tentar a desocupação pacífica dos invasores do residencial André Maggi. O prazo havia sido dado pela justiça para evitar que fosse necessária a chamada da Força Nacional e de outros órgãos de segurança para retirar as famílias que estão irregularmente ocupando as 500 residências existentes no local. No entanto, o grupo de manifestantes realizou uma Assembleia e decidiram por continuar nas casas e manter resistência.
Nos próximos dias, o grupo deve destinar parte dos seus integrantes para uma marcha até Brasília na tentativa de sensibilizar o Governo Federal para a causa. O objetivo dos manifestantes é conseguir uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff (PT), hipótese bastante remota devido a agenda apertada da chefe da república que concilia atualmente campanha e mandato.
Em visita ao prefeito Percival Muniz (PPS) nesta semana, alguns dos principais líderes movimento foram orientado pelo gestor a acatar a orientação do MPF e acatar a saída pacífica, porém, alguns afirmam que não arredam o pé das casas. “Já espero há mais de seis anos uma casa. Quem me garante que agora eu vou receber? E agora saindo, todo este povo vai para onde? As autoridades precisam se preocupar com isso”, relatou um dos invasores à reportagem do Folha Regional.
O Ministério Público Federal propôs um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, no qual ficaria os invasores propensos a sair por vontade própria das casas, enquanto que a negativação dos nomes dos envolvidos no cadastro de habitação popular, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, seria retirado, o que possibilitaria eles serem atendidos em outros residenciais. Além disso, o MPF faria até mesmo uma carta de prioridades e enviaria ao Município para que mulheres chefes de família, portadores de deficiência e idosos fossem atendido de imediato, nos próximos conjuntos habitacionais que forem entregues.
Em vias de serem entregues, o Município é responsável pelo residencial Magnólia, com 520 casas, programado para receber os moradores até o final do ano. Além disso, existe em andamento a construção de 2.500 apartamentos, próximo a região do Alfredo de Castro, que também vai atender a população de baixa renda.
Da redação – Hevandro Soares

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