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sexta-feira, novembro 22, 2024

Justiça Eleitoral vai analisar atraso na votação e geração de filas em algumas seções

Em entrevista coletiva após a totalização dos votos, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que eventuais demoras e a geração de filas de votação serão analisadas individualmente. Segundo ele, os motivos seriam concorrentes. Entre as causas, estariam aproximadamente 7,5 milhões de eleitores que decidiram ir às urnas, em vez de optar pela abstenção.

A alteração na urna eletrônica que incluiu um segundo de pausa até a confirmação entre um voto e outro para que o eleitor pudesse verificar se o candidato escolhido estava correto também foi apontada como um dos motivos do atraso.

Em alguns casos, o leitor biométrico também não conseguiu verificar a identidade do eleitor. “Isso é um problema que, [conforme] alguns especialistas afirmam, a utilização de dois anos de álcool em gel, às vezes, dificulta o reconhecimento da digital. Isso será verificado”, afirmou.

O pico nos horários de votação também será analisado. No segundo turno das Eleições, no entanto, a expectativa é a de que, com um número menor de candidatos, o eleitor leve menos tempo para votar.

URNAS
Alexandre de Moraes também avaliou o programa-piloto do Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas com a utilização da biometria. De acordo com o presidente do TSE, não foram registradas intercorrências operacionais, e a afetividade na transparência será analisada nos próximos dias.

“Eu nunca tive e continuo não tendo dúvidas de que a esmagadora maioria da população brasileira acredita fielmente nas urnas eletrônicas. E o comparecimento hoje e o aumento dos votos válidos demonstram exatamente essa confiança na Justiça Eleitoral”, disse.

O ministro definiu o horário unificado de votação, das 8h às 17h (horário de Brasília), assim como a restrição ao porte de armas e o uso de celular nas cabines de votação como um “sucesso” e afirmou que as medidas serão mantidas nas próximas eleições. “A implementação de um horário único foi extremamente benéfico para a Justiça Eleitoral e para a divulgação dos dados rapidamente”, avaliou.

Alexandre de Moraes lembrou que o combate às fake news é realizado pelo TSE desde 2018, com a criação do primeiro grupo de combate à desinformação e, desde então, vem sendo aprimorado de maneira sucessiva. “O Tribunal Superior Eleitoral foi extremamente ágil no julgamento de todas as ações, todas as representações de combate à desinformação, ao discurso de ódio, às fake news. Me parece que não tenha tido grande influência nestas eleições”, ressaltou.

Eventuais fake news quanto à utilização dos Boletins de Urna publicados nas seções de votação no exterior também serão investigadas.

ACIRRAMENTO
Alexandre de Moraes afirmou que a sociedade brasileira apresentou extrema maturidade democrática e disse acreditar que isso se manterá no segundo turno das Eleições, no dia 30 de outubro.

Moraes também foi questionado sobre se o acirramento da disputa política poderia gerar mais ataques ao sistema eletrônico de votação. Ele destacou que não acredita que o duelo entre as campanhas políticas possam apontar questionamentos à Justiça Eleitoral, pois esta mostrou a competência e a transparência que a “esmagadora” maioria da população já atestava. “A era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado”, decretou.

O presidente do TSE afirmou ainda que a Justiça Eleitoral nada tem a ver com pesquisas de intenções de voto, tampouco encomenda pesquisas. Segundo ele, se houve discrepância nos números apresentados pelos institutos, são eles que devem explicações à imprensa. Moraes explicou também que compete ao Ministério Público investigar apenas aqueles levantamentos que apresentam indícios fraudulentos. Mesmo assim, reitera que não compete ao TSE analisar ou se posicionar sobre o assunto. “A Justiça Eleitoral se vincula apenas ao voto do eleitor e da eleitora”, decretou.

Para encerrar, Moraes foi categórico ao responder à última pergunta, sobre possíveis contestações do resultado das Eleições 2022 e o documento do Partido Liberal (PL) que questiona a integridade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro. “Nós estamos proclamando os resultados hoje e não há nenhuma contestação”, concluiu o presidente do TSE.

 

Da Redação (com informaçõe do TSE)

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