Não se trata de uma defesa do ex- -presidente Lula; o entendimento desse jornal é que se Lula realmente cometeu um crime ele deve ser punido pelo mesmo. E mais, deve seguir todos os rigores da Lei brasileira. Mas, uma declaração do deputado federal Ricardo Barros, líder do governo do presidente Jair Bolsonaro na Câmara, que diz que a prisão a partir da condenação em segunda instância foi criada para tirar o ex- -presidente Lula da eleição de 2018. “Nunca teve prisão em segunda instância no Brasil. Só teve para prender o Lula e tirá-lo da eleição. Foi um casuísmo”, disse Barros em entrevista à rádio CBN. “Não vamos permitir que as conversas do Intercept da Lava-Jato, que foram autenticadas pelo ministro Lewandowski, desapareçam. São crimes cometidos pela quadrilha da Lava-Jato”, acrescentou. Mostra, por um lado, que a prisão do Lula, tecnicamente poderia ter sido apenas para evitar que o Presidente da República disputasse mais uma eleição da sua carreira; é importante frisar que a referida declaração foi feita por uma pessoa ligada ao presidente Bolsonaro e não por um petista convicto ou como dizem os outros um esquerdista Psicótico. Na segunda-feira, o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal, declarou nas Entrelinhas que a condenação de Lula pela justiça federal poderia ter sido algo midiático. “Nós temos que encerrar com essa preocupação midiática de julgar o Lula tendo em vista esse desiderato: fazê-lo inelegível. Eu digo sempre: Lula é digno de um julgamento justo”, disse Gilmar em entrevista ao jornalista José Luiz Datena. O ministro também comentou as mensagens trocadas por Moro e procuradores de Curitiba. “Os diálogos não são de anjos”. O nosso entendimento é que Lula como nós já dissemos aqui no parágrafo acima se cometer um crime deve ser condenado pelo mesmo. O que é preciso fazer neste momento e nos momentos futuros é a tirar o viés político da condenação de Lula; seria importante uma auditoria inclusive nas conversas do site intercept, que foram divulgados no passado e estão em poder da Justiça para ter mais clareza do que ocorreu e como foi o trabalho da operação lava jato. O que é preciso deixar claro, é que Lula, ou qualquer outro agente político que for condenado tem que ter um viés técnico; e jamais político. Nós defendemos que Lula pague pelos crimes que ele cometeu e mais nada.
