Natural de Quatá cidade do interior paulista, que fica nas proximidades de Rancharia, aos 10 anos de idade ele e seus irmãos José Mario, Maria José, Sonia Aparecida, Osvaldo Rocha, Sebastião Clóvis iam todos para a roça ajudar o seu saudoso pai Paulo Rocha Alves no plantio do café, algodão, arroz, corte de cana, feijão, amendoim e milho. Minha mãe Melvina Soares da Silva cuidava da organização da casa e fazia a nossa comida. Rochinha sempre foi apaixonado pelo trabalho e através dele fez grandes amizades que se estenderam também entre os rondonopolitanos.
Jornal Folha Regional: Quais as suas melhores lembranças da infância em Quatá?
Rochinha: Me lembro de Quatá e da minha infância do barulho e do apito do trem quando chegava na estação. Tenho saudade da escola, e do respeito que os alunos tinham pelos professores. Eram bem poucos os momentos que nós tínhamos para brincar, apesar de todos nós trabalharmos na roça, aquela região nos favorecia, era tudo perto tinha o ginásio, o hospital e a estação de trem. Vivíamos em meio a pobreza, mas mesmo assim nós éramos felizes.
JFR: Como surgiu o apelido Rochinha?
Rochinha: Teve origem no quartel de Ponta Porã onde eu servi, e até hoje sou chamado assim, o meu nome de guerra no quartel era Rocha, e o pessoal começou Rochinha… Rochinha e ficou.
JFR: Quais as mudanças que a sua família fez em busca de melhores condições de vida?
Rochinha: Nos saímos de Quatá e fomos para a cidade de Porecatu no Estado do Paraná, no ano de 1964 nós fomos residir no Paraguai na cidade de Pedro Juan Caballero. A minha família mora la até hoje, eu resolvi vir para Rondonópolis sozinho, cheguei aqui em 1974 e nunca mais sai desta terra boa de gente ordeira.
JFR: Quais foram os seus locais de trabalho em Rondonópolis?
Rochinha: Eu trabalhei durante muito tempo com o senhor Alarico na Funerária São José, posteriormente eu abri um estabelecimento para consertos de rádios e TVS. Essa mudança aconteceu devido ajuntamento de pessoas para vir trabalhar em Mato Grosso, mais precisamente em Rondonópollis. Eu trabalhei na Cibrazem, na Gravataí e Casemat, trabalhei na Fazenda Itamarati, trabalhei em uma padaria, rodando clindro.
JFR: Como foi a sua entrada na prefeitura?
Rochinha: Eu entrei na prefeitura em 1990 junto com o saudoso Barreto, no ano de 1994 prestei o concurso que a prefeitura estava realizando eu passei em 9º. lugar e até hoje estou trabalhando, sou morador desta querida cidade já há 40 anos.
JFR: Quando você chegou no Conjunto São José?
Rochinha: Eu sou um dos moradores mais antigos do conjunto eu cheguei aqui no dia 6 de outubro de 1984, eu não me esqueço do finado Campo Limpo que era vereador na cidade, ele nos ajudou muito logo que chegamos. O começo aqui foi muito difícil para todos, muitos saíram, mas os que ficaram como nós só temos a agradecer.
JFR: O que mais tem lhe chamado atenção em Rondonópolis nesses últimos anos?
Rochinha: Rondonópolis vem tendo boas administrações, cada prefeito tem o seu estilo e assim faz a cidade progredir, a construção civil quantos prédios, quantas casas. Eu nunca pensei que esta cidade viesse a ter mais de 200 mil habitantes. Rondonópolis é um orgulho para todos nós.
JFR: Como você vê o esporte em Rondonópolis?
Rochinha: A parte esportiva da cidade esta dando muitas oportunidades para os jovens, o meu filho caçula Clóvis Nunes Alves foi jogador mirim do União Esporte Clube, foi jogador do Reck, ele foi campeão no sub 19. O esporte resgata a cidadania de dezenas de centenas e de milhares de jovens.
JFR: Como você se sente hoje como funcionário público municipal?
Rochinha: Estou há 28 anos na Secretaria de Saúde e nesses anos todos vi a cidade crescer e avançar, todos que passam pela prefeitura deixam sua marca positiva, e algo novo para a população. É muito gratificante viver em Rondonópolis, aqui fiz muitas amizades que cultivo até hoje.
JFR: Nós agradecemos a sua atenção, e deixamos as duas ultimas perguntas:
A quem você gostaria de agradecer por tê-lo ajudado em algum momento da sua vida, E qual a importância da família?
Rochinha: Eu quero agradecer aqueles que muito me ajudaram quando eu cheguei aqui: o saudoso Dr. Nelson Pereira Lopes, Antônio Lourenço Neto, o finado Candinho, que foi também meu padrinho de casamento e o Percival Muniz dentre outros. A família é muito importante na vida de qualquer pessoa, eu quero agradecer aos meus filhos Vinicius Nunes Alves, Cristiane Nunes Alves, Crislaine e Paulo Nunes Alves, tenho 5 netos e está chegando mais um neste mês. Muito grato por esta oportunidade.