O presidente da Assembleia Legislativa José Riva (PP) afirmou, nesta quarta-feira (14), que o quadro eleitoral para o governo do Estado está indefinido. Segundo ele, com as pré-candidaturas do governador Silval Barbosa (PMDB), do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), e do empresário Mauro Mendes (PSB), a conclusão é imperativa: não existe favorito.
"O jogo está muito equilibrado e a população, por onde ando, não demonstra empolgação pela disputa", disse.
No entanto, o líder do PP ressaltou que Silval está muito bem cotado em várias regiões do Estado, principalmente no Norte. Ele disse também que a candidatura de Mendes "feriu mortalmente" o projeto de Wilson Santos. "O Mauro entra no eleitorado de Wilson de maneira muito consistente", afirmou.
Sobre coligações para chapa majoritária, Riva afirmou que o PP está ouvindo as bases e que deverá tomar uma posição somente em junho. Na chapa proporcional, o partido pretende eleger sete deputados estaduais e três federais. "O PP não tem paixão por nenhum pré-candidato e está fortalecendo seu projeto de proporcional", afirmou.
Inegibilidade
José Riva garantiu que, ao contrário do divulgado, ele não está inelegível e já definiu como projeto político-eleitoral a reeleição ao Legislativo Estadual. Nesse contexto, o progressista lembrou que a Constituição Federal estabelece que somente são inelegíveis aqueles que foram condenados em processos transitado em julgado. E, segundo ele, não é o seu caso, já que foi condenado em primeira instância.
"Existe apenas um jeito de me tornar inelegível neste momento: rasgando a Constituição Federal", disse.
Ele afirmou que falta parcialidade no julgamento das ações a que ele responde junto à Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, comandada pelo juiz Luiz Aparecido Bertolucci Júnior.
O parlamentar disse que, nos processos em que foi condenado por suposta improbidade administrativa e teve seus direitos políticos cassados, não teve seu direito de defesa respeitado, conforme determina a Constituição Federal.
"Nas ações de improbidade administrativa, não se pode abrir mão da produção de provas. E, em todos os quatro processos em que fui julgado, não tive o direito de produzir provas. Das quatro sentenças, duas foram suspensas e não tenho dúvidas que as demais também o serão, pois não se fala em improbidade sem produção de provas", afirmou Riva.