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sábado, novembro 23, 2024

José Medeiros vota não ao ajuste fiscal do governo

Líder do PPS no Senado Federal, José Medeiros votou pela rejeição da MP 665/2014, que muda as regras de concessão do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso. “O PPS não vai acompanhar esse ajuste, que não é um ajuste econômico. É um ajuste trabalhista, um ajuste que não vai resolver o problema”, destacou.

O senador afirmou não ser justo que seja tirado dinheiro do “hipossuficiente” e criticou os lucros “exorbitantes” dos bancos. “Nossos maiores credores são as instituições financeiras brasileiras, que pegam dinheiro baixo lá fora e emprestam para o governo bem alto. E, neste momento em que se fala de ajuste, partirmos para tirar esse dinheiro das costas, justamente, do hipossuficiente. Não vejo que seja a saída”, criticou.

Durante discurso no Plenário, o senador comparou os juros pagos com a dívida pública e os investimentos do governo na áreas de saúde e educação. “Toda essa confusão em torno do ajuste fiscal não passa de 20 bilhões, mas nós pagamos 170 bilhões em juros e encargos da dívida pública. É quase duas vezes o que foi gasto com saúde e 100 bilhões a mais do que o governo gastou com educação. Gastamos mais com os juros da dívida pública federal do que com saúde e educação juntas”, comparou.

As demais medidas provisórias (664 e 668), que estão na pauta deverão ser analisadas pelo Plenário nos próximos dias. José Medeiros também votará contrário a elas.

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