Pela segunda vez em sua carreira, a Ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia Antunes Rocha, assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ela caberá a condução do processo eleitoral deste ano, quando prefeitos e vereadores deverão ser eleitos.
No entanto, diferente da outra vez em que esteve no cargo, a missão da ministra deve ser árdua e complexa, por vários motivos. Antes mesmo de sentar na cadeira de Presidente, ela já declarou que parte do seu trabalho será dedicada a combater o que classifica como desinformação, que em períodos eleitorais tem sempre aumentado.
Aliás, desde que eleição é eleição, a desinformação e as fake news sempre existiram, mas o que ocorre é que, com o advento da internet e o crescimento das redes sociais, a amplitude aumentou e, com isso, os riscos também. Vale ressaltar que as chamadas fofocas de campanha, que hoje ganharam o status de desinformação ou fake news, eram restritas aos grupos políticos e quase não chegavam à massa votante.
Com o advento das redes sociais e da internet, isso mudou. Um rumor nas redes atinge centenas e milhares de pessoas e causa, sim, estragos na imagem do candidato. A ministra já deixou claro que não vai tolerar a desinformação e deve punir severamente a propagação deste tipo de informação.
Por outro lado, fica uma pergunta: o que realmente será feito para combater esse problema além da punição? O Tribunal Superior Eleitoral vai precisar de muitos mecanismos para acompanhar esse problema de perto. Vai precisar de tecnologia, pesquisa e muito acompanhamento.
Na verdade, a Inteligência Artificial já atingiu um estágio que deixa a situação ainda mais preocupante, pois a impressão que se tem é que não há mais como controlá-la, e o uso dela tem sido mais frequente do que pensamos. A missão de Carmen Lúcia, como já dissemos, vai ser árdua, mas com toda a certeza, ela vai buscar mecanismos e determinar regras para fazer com que as eleições municipais sejam livres de fake news e desinformação.
Pelo menos esse é o nosso desejo e, com certeza, o da maioria dos eleitores, que querem votar em candidatos com propostas e, principalmente, que não façam uso de fake news.
Portanto, é chegada a hora de separar o joio do trigo.
Fonte: Da Redação