Natural de Palmeira do Oeste cidade do interior paulista, possuidor de um dom natural que agrega as pessoas dos mais variados segmentos da nossa sociedade. Um expert nos relacionamentos principalmente nos meios comunitário e político, um cidadão que muito contribui com o desenvolvimento social da cidade. Joaquim Silva é professor com formação em Geografia, Teologia e Mestre em Gestão Escolar. Vamos conhecer um pouco mais da sua trajetória de vida que sem dúvida ela também o contemplou como um grande articulador político.
Jornal Folha Regional: Como foram os primeiros anos de sua infância?
Joaquim Silva: Eu fiquei em Palmeira do Oeste até os 5 anos de idade, de lá poucas lembranças, as maiores foram aqui em Rondonópolis onde passei a minha infância a adolescência e idade adulta juntamente com os meus irmãos Alzilene, Jurandir, Gilberto e Rosângela.
JFR: Como era a vida familiar em Palmeira do Oeste, qual a atividade do seu pai?
Joaquim Silva: Os meus pais Alcides Rodrigues da Silva e minha mãe Gersina Borges Pereira da Silva eram comerciantes em Palmeira do Oeste, e tinham um frigorífico, um supermercado e uma rede açougue. Meu pai vinha sempre a Rondonópolis para fazer a distribuição de embutidos principalmente mortadela. Manoel Valente compadre do meu pai que já a algum tempo, desde a década de 1950 vinha para Rondonópolis em 1962 mudou-se definitivamente para a nossa cidade. No ano seguinte 1963 meu pai também veio de mudança para esta querida terra de Rondon.
JFR: Como foram os primeiros momentos dessa mudança, onde a família se estabeleceu inicialmente?
Joaquim Silva: Eu estava com 5 anos de idade, comecei a me desenvolver entrei na fase escolar, e passei a ter consciência das dificuldades que nos rodeavam. Fomos morar inicialmente na Vila Paulista, era um local distante de tudo, naquele tempo bem deserto só havia o Bar do Benvindo. Eu e meus irmãos andávamos cerca de 15 quilômetros para chegar a escola. Mas com muito esforço e determinação nós cumprimos com o nosso dever, estudar sempre foi a nossa meta.
Meu pai inicialmente começou a comprar cereais arroz e feijão, mas em certo período tomou um grande prejuízo problemas causados por questões do beneficiamento do produto. Posteriormente ele comprou um sítio na região do Córrego Seco, e começou a trabalhar com pecuária. Havia 12 famílias parceiras que atuavam no trabalho com o meu pai.
JFR: Naquele período, as amizades eram muito fortalecidas, e tinham um imenso valor como você avalia essa questão?
Joaquim Silva: Meu pai tinha muitas amizades principalmente com as famílias, conhecia os moradores antigos dentre eles o Alcides Gordo, a Gersina Borges Pereira da Silva. E por falar em família quero ressaltar aqui, que somos descendentes por parte do meu avô paterno, temos um parentesco com o Padre Cícero do Juazeiro.
JFR: Qual era o seu sonho de infância?
Joaquim Silva: Desde muito cedo sempre fui um menor trabalhador, passei um período em São Paulo, fui morar lá com a minha avó para estudar fiquei lá durante 1 ano depois voltei para Rondonópolis. Eu morava na Vila Aurora e desde a minha pré -adolescência, nas rodas de amigos sempre ouvia histórias sobre política. Me questionei e fui estudar para me aprofundar no assunto, ou seja para ter mais conhecimento sobre a politica e acabei me apaixonando pelo tema. O meu sonho foi desperto já na adolescência eu queria ser deputado federal.
JFR: Foi então que se deu o seu profundo interesse pelo setor comunitário?
Joaquim Silva: Com certeza, o movimento comunitário passou a me atrair profundamente e uma grande escola para qualquer politico. Nela aprendi que o bom político tem que estar voltado em suas ações para a sociedade como um todo, não estritamente a só um grupo. As minhas ações dentro do movimento comunitário foram sempre em favor da coletividade, não se pode tirar dos pobres para ofertar aos ricos.
JFR: Como você analisa essas ambiguidades do capitalismo?
Joaquim Silva: É uma disputa selvagem entre os indivíduos que destrói a alma humana, é a medida de quem pode mais chora menos. Temos que lembrar que nos estamos no mesmo barco, o individualismo subtrai o coletivismo. É preciso haver situações e condições para uma justiça social cada vez mais envolvente. Não sou marxista, mas pragmático ou seja prático realista, defendo o Parlamentarismo. O prazer de todo homem público é ver a população feliz.
JFR: Por gentileza fale sobre algumas das suas atuações no setor comunitário:
Joaquim Silva: Reativei a Uramb, colaborei na formação de várias instituições dentre elas o Conselho de Saúde e várias entidades comunitárias. Fui secretário de Ação Social por três gestões, conheço de perto a organização e a importância da atuação dos jovens nos projetos esportivos, sobretudo na questão jogos estudantis. No setor cultural a Folia de Reis e sua importante tradição no meio da comunidade, entendo que a cultura é uma grande base para a solidificação do turismo em qualquer região do país.
JFR: Desde já agradecemos vossa gentil atenção para com a nossa reportagem, vamos à ultimas pergunta: Como você vê o assédio politico em torno do seu filho o Deputado Estadual Thiago Silva (MDB)?
Joaquim Silva: Bem realmente essa é uma questão bem recorrente atualmente nos meios políticos, mas eu digo que o Thiago não é candidato a prefeito, ele foi eleito para cumprir o mandato de deputado estadual. Eu acho que não é o momento, ele começou fazendo um bom trabalho como deputado, recebendo em seu gabinete autoridades de vários setores. Vem cobrando ações o governo com relação ao Hospital Regional e outras de suma importância para a população, ele está focado em atender não só aos rondonopolitanos, mas aos mato-grossenses. Ao final quero agradecer o Jornal Folha Regional pelo espaço, e no seio familiar aos meus filhos Thiago, Esther, Junior e Silas.