Com um PIB estimado de US$ 4,3 trilhões e uma população de 127,4 milhões de habitantes, o Japão ocupa o 11º lugar no ranking dos principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro, comprando o equivalente a US$ 1,75 bilhão, em 2007. Estes dados mostram que existe um grande potencial para o comércio entre os dois países, defende o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os japoneses têm um PIB per capita de US$ 34 mil, um dos maiores do mundo, e importou, ao todo, US$ 68 bilhões em produtos agropecuários no ano passado.
Para o Brasil ampliar as vendas para o mercado japonês, ainda é necessária a eliminação de barreiras alfandegárias e sanitárias. O acesso das carnes bovina e suína in natura ao país depende da adoção do princípio da regionalização para a febre aftosa. Atualmente, o Japão somente adquire estes produtos de locais onde a doença foi erradicada em todo o seu território. Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, não existem motivos técnicos e sanitários que justifiquem as restrições japonesas a estes tipos de carnes.
Outra dificuldade para a entrada de produtos do agronegócio brasileiro no Japão diz respeito à incidência de tarifas. O suco de laranja, por exemplo, é taxado em faixas que variam de 21% a 25%. Sobre o preço da carne de frango são incididas taxas de até 25%. E a cada litro de álcool etílico brasileiro que entra no mercado japonês são sobrepostos 38 ienes, que equivalem a R$ 0,54.
Já a negociação para exportação de manga da variedade Tomy Athkins levou 28 anos e há quatros anos o Brasil está autorizado a vender a fruta para o Japão. Para este ano, está prevista a liberação das vendas de outra variedade de manga, a Kent.
Principais produtos exportados
Os principais produtos brasileiros do agronegócio exportados para o Japão, em 2007, foram carne de frango in natura (US$ 578,7 milhões), café (US$ 272,7 milhões), álcool etílico (US$ 152,6 milhões), suco de laranja (US$ 143,7 milhões), celulose (US$ 116,4 milhões) e soja em grãos (US$ 109 milhões). Nos primeiros cincos meses deste ano, foram exportados o equivalente a US$ 429 milhões o que corresponde a um valor 8,7% maior, em relação ao mesmo período passado.
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