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domingo, novembro 24, 2024

Itamar Evaristo Elias – Do sonho de infância, poder um dia comprar um disco de Roberto Carlos a Pós- Graduação em Literatura Grega e Latina.

Itamar é natural da vizinha cidade de Poxoréo, seus pais José Evaristo Elias e Geralda Maria Elias tiveram cinco filhos Bira, José Lolita, Doralice, Itamar e Vavá. Da infância humilde ficaram momentos inesquecíveis de muitas amizades duradouras, principalmente na escola, entre seus colegas alunos e professores, período que contribuiu grandemente para a formação do caráter de todos. Seu pai José tinha duas profissões, garimpeiro e oleiro e assim criou os filhos durante o tempo que residiram em Poxoréo.

Jornal Folha Regional: Durante a sua infância qual era o seu maior sonho, você conseguiu concretizá-lo?

Itamar: A minha infância foi maravilhosa, e ao mesmo tempo difícil onde cultivávamos os valores pessoais, o respeito aos mais velhos a honestidade e a sinceridade. O meu maior sonho de infância era um dia poder comprar um disco com canções do rei Roberto Carlos, desde criança vivia sintonizado nos programas nacionais de rádio ou mesmo nas rádios locais, as músicas do Rei Roberto Carlos tocavam mais de 20 vezes ao dia, era um grande sucesso e eu sonhava em ter apenas um disco.

JFR: Como você concretizou esse seu sonho de infância?

Itamar: Os meus pais vieram de mudança para Rondonópolis, eu estava com 12 anos de idade, logo comecei a trabalhar, eu tinha uma caixinha de engraxate fazia ponto na Marechal Rondon com a 13 de Maio nas proximidades do Bar Jovem Guarda. Com o passar do tempo fui juntando um dinheirinho até comprar o vinil do meu artista preferido. Me lembro como se fosse, quem me vendeu esse disco foi Zekidib. Hoje eu tenho a coleção completa das músicas de autoria de Roberto e Erasmo gravadas em português e espanhol.

JFR: Naquela ocasião você tinha como ouvir o tão desejado disco, qual foi a melhor solução?

Itamar: Com as minhas economias adquiridas durante o trabalho de engraxate, logo comprei um toca disco bastante simples, depois de algum tempo guardando mais um dinheirinho das engraxadas evolui, comprei a chamada Sonatina uma vitrola com 9 discos superpostos que iam tocando e caindo de um a um. Foi realmente uma das maiores realizações de minha vida.

JFR: Qual era o lazer da criançada naquela época, do que a rapaziada mais gostava?

Itamar: Nós íamos tomar banho nas águas transparentes e límpidas do Rio Arareau, e éramos frequentadores dos poucos campinhos de futebol que existiam naquele tempo. Era uma festa, nós sempre tivemos uma grande paixão pelo futebol e pela natação no Arareau.

JFR: Fale um pouco sobre o Itamar desportista.

Itamar: Sou flamenguista roxo, aqui em Rondonópolis fundei o Favela Esporte Clube, desde os tempos da Escola La Salle eu já jogava futebol, e estava sempre em campo juntamente com o Irmão Stanislaw. Joguei também no Corinthians de Vila Operária, e mais recentemente participei de vários campeonatos na Chácara do Ubaldo com o Favela Esporte Clube. Rondonópolis precisa estar mais presente no esporte principalmente com os seus times mais populares União e Tigrão.

JFR: Você sempre foi muito dedicado aos estudos, como foi a sua atuação no setor educacional?

Itamar: Eu estudei no La Salle, fiz o 2º. Grau na escola EEMOP, posteriormente fui para a UFMT onde concluí o curso de Letras, fiz o curso de inglês. Saí de Rondonópolis fui para Vassouras no Rio de Janeiro, onde fiz pós-graduação em Literatura Grega e Latina. Comecei a minha docência em 1982 trabalhei durante 31 anos no Estado, posteriormente me aposentei.

JFR: Como foi essa mudança do segmento educacional para a publicidade visual?

Itamar: Um dos segredos da felicidade está em fazer aquilo que gostamos, a pintura também sempre foi minha paixão. Me sinto realizado na publicidade visual, é uma grande alegria prestar esses serviços a sociedade rondonopolitana.

JFR: Para finalizarmos a entrevista, o que você espera do Brasil neste 2018 no segmento político, e a quem você gostaria de agradecer pelos apoios recebidos durante a sua bonita trajetória de vida?

Itamar: Eu entendo que os políticos vão pensar mais de duas vezes antes de cometer algum deslize, acredito que ninguém vai querer cometer o mesmo erro duas vezes. Depois do Sergio Moro o Brasil deve ser melhor. Eu gostaria de lembrar aqui de duas pessoas que foram muito importantes na minha vida, Adinei Pimenta e Pedro Coelho que se fizeram presentes nos grandes momentos de minha vida, e porque não dizer promovendo esses bons momentos. Muito grato ao Jornal Folha Regional por me conceder esse espaço nesta conceituada coluna.

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