Indústria pede que não se vote redução da jornada

Dirigentes empresariais do Distrito Federal, mobilizados pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA), afirmaram aos líderes dos partidos políticos da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 3 de março, ser absolutamente inoportuna e prejudicial à retomada da atividade econômica a votação da Proposta de Emenda Constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e eleva o valor da hora extra.
O presidente da FIBRA, Antonio Rocha, enfatizou que o ano eleitoral não é o momento adequado para se votar a PEC da redução da jornada de trabalho. Já o presidente do Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal, Roberto Villares, que integrou a comitiva, informou que a medida elevará em 10% os custos com mão de obra nas empresas do setor.
"Hoje, a mão de obra representa 80% dos custos das empresas de informática, que seriam bastante onerados, impedindo a geração de novos postos de trabalho", declarou Villares.
A diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Heloisa Menezes, que participou da mobilização, destacou que as pressões do ano eleitoral sobre os deputados contaminarão o debate da PEC.
"Não é o momento de colocar a questão em votação, para não misturar um tema de tão grande impacto na indústria nacional com ano de eleições. A redução da jornada de trabalho é tema que precisa ser melhor discutido", enfatizou a diretora da CNI.
Os empresários estiveram com os líderes do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), do PSC, Hugo Leal (RJ), e do PPS, Fernando Coruja (SC), além do presidente do PPS, Roberto Freire, e do vice-líder do DEM, Guilherme Campos (SP). Entregaram às lideranças manifesto em que condenam a redução da jornada por imposição legal, defendendo que seja estipulada pela livre negociação entre empresas e empregados.
Fonte: FIEMT