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Prefeitura se reúne com Associação de Surdos para conhecer suas reivindicações

No Dia Nacional dos Surdos, destacado no calendário em 26 de setembro, membros das diversas secretarias municipais e da Câmara de Vereadores receberam a Associação de Surdos de Rondonópolis (Assuroo) para dialogar sobre as principais necessidades da entidade atualmente.

“Viemos à Prefeitura para pedir ajuda. Em Rondonópolis, somos 150 surdos cadastrados na associação. Estamos abrigados no antigo arquivo da Secretaria de Saúde, mas teremos que sair do local”, afirmou o presidente da Assuroo, Adilson de Moraes.

Outra demanda do grupo foi sobre a importância de ter um intérprete de libras que os acompanhem para, assim, facilitar a inclusão social dos deficientes auditivos. “Precisamos de portas que se abram para nós e queremos contribuir com a sociedade. O fato de sermos surdos não nos impede de estudarmos e trabalharmos. Somos capazes. Porém, para realizarmos essas e outras atividades, precisamos de um intérprete que nos acompanhe. Hoje, temos cinco intérpretes voluntários trabalhando conosco”, salientou um dos associados da Assuroo, Maurício Taigo da Cruz.

A secretária de Promoção e Assistência Social, Márcia Rotili, tranquilizou o grupo e informou que já existe outro local disponível para que a Assuroo se instale. “Estamos oferecendo o Núcleo dos Conselhos e, também, disponibilizamos os espaços de convivência como a Vila Olímpica e auditórios da Prefeitura para que eles realizem os eventos da entidade”.

Márcia Rotili completou que a Secretaria de Promoção e Assistência Social coloca sua equipe à disposição para qualquer orientação à Assuroo em relação à legislação. “Nossa posição é de apoiar a associação no que eles precisarem. Eles ainda não têm o registro no Conselho de Assistência Social e, para que sejam considerados uma associação que defende os surdos em seus direitos, precisam desse registro. Nós vamos dar o suporte, inclusive legal, para que eles se adequem ao Marco Regulatório 13.019/2014 que passou a vigorar no âmbito municipal a partir de janeiro deste ano”, destacou a secretária, citando a lei que estabelece novos critérios de realocação de instituições sem fins lucrativos.

Sobre a oferta de intérpretes de libras para acompanhar os deficientes auditivos, a gerente de Educação Especial da Secretaria de Educação, Neuzeli Fuza, sugeriu que fosse feito concurso público para selecionar os profissionais. “Para realizarmos o certame é preciso mudar o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, pois o que vigora atualmente não prevê esse cargo”, explicou a gerente.

Neuzeli ainda ressaltou que a Secretaria de Educação tem como cuidado fundamental proporcionar a estrutura necessária para os alunos surdos das escolas do município. “Hoje temos dez crianças surdas na rede pública municipal. Em julho deste ano, como tínhamos seis alunos surdos, fizemos um seletivo para atender às necessidades mais urgentes. Porém, no momento da contratação, os cinco candidatos que participaram do certame não atendiam a todos os critérios estipulados no edital”, esclareceu.

A gerente de Educação Especial comentou que, em um primeiro momento, é preciso realizar o concurso e, então, havendo intérpretes efetivos no quadro da Prefeitura, colocá-los em sala de aula e outros locais para atender e fazer as traduções necessárias que os surdos necessitam.

Também participou da reunião o procurador-adjunto do município, Juliano César Clemente.

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