Prefeitura já encaminhou para Câmara projeto que aumenta salários de professores

A Câmara Municipal de Rondonópolis deve retomar na próxima semana a análise dos projetos que tratam do reajuste salarial dos servidores da Educação e do realinhamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) no município. Os projetos são de autoria do Poder Executivo que alega a necessidade de fazer justiça social, priorizando os mais pobres.
No caso do IPTU a ideia é elevar a cobrança nas áreas com imóveis de alto padrão e valor. O foco são os condomínios e prédios de luxo, onde moram as pessoas mais ricas da cidade.
Como a base de cálculo e as alíquotas não são revistas há muitos anos, os donos desses imóveis acabam contribuindo pouco para o desenvolvimento do município. Muitas vezes pagam valores iguais e até mais baixos que os cobrados em bairros mais antigos, onde residem trabalhadores e a classe média.
Em declarações à imprensa o prefeito José Carlos do Pátio destacou que não pretende mexer nos impostos dos trabalhadores, da população de baixa renda. Conforme ele, o objetivo é fazer justiça, cobrando o valor adequado daqueles que têm patrimônio milionário.
“É com esse dinheiro que o município paga salários, constrói escolas, postos de saúde, pavimenta ruas e promove o desenvolvimento da cidade”, explicou o prefeito José Carlos do Pátio.
SALÁRIOS
O projeto de reajuste dos salários dos profissionais da educação segue o mesmo raciocínio. O município garantiu a reposição salarial linear de cerca de 11% para todos os servidores. Mas, além disso, está propondo um aumento diferenciado para as categorias, com maior benefício para os que ganha menos.
A proposta já encaminhada à Câmara trata dos salários dos professores com percentuais que variam de 18%, para os professores que estão iniciando a carreira e ganham menos o aumento, até 5% para aqueles que ganham mais e estão perto de se aposentar. Apesar da diferença nos índices, em valores reais o ganho será equivalente – já que os professores em final de carreira tem salários bem maiores.
No caso do professor, apenas com graduação por exemplo, a proposta do município eleva o salário a R$ 3.846,09, diferente dos R$ 2.932,06 pagos em dezembro do ano passado. Já os profissional com especialização, por exemplo, que em dezembro recebiam R$ 3.386,52, passarão a receber R$ 4.442,23.
A prefeitura havia solicitado a tramitação do projeto em regime de urgência, mas o pedido foi negado e a discussão será feita da forma regimental. Isso significa que os vereadores terão mais tempo para analisar a proposta e buscar um consenso.
Da Redação