O dia 20 de novembro é lembrado em alguns estados do país como dia da Consciência Negra, uma alusão a Zumbi de Palmares, um dos principais líderes do maior quilombo do país no século XVII. Zumbi lutou para a não destruição de Palmares e acabou pagando com a própria vida não tentativa de salvar o grupo, que vivia em forma de sociedade organizada no interior de Alagoas.
No entanto, a data remete a sociedade a pensar como é a atual relação com o preconceito no Brasil. Para muitos no nosso país não existe preconceito de raça, o que de fato não é verdade. No Brasil, o racismo e preconceito racial, mesmo que de forma disfarçada existe em praticamente todos os setores da sociedade. O mito de um país sem racismo surge em razão de que para muitos o Brasil é um país mestiço, onde todos têm um “pé na cozinha”, como já disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A própria frase do ex-presidente tem de certo modo um cunho preconceituoso dependendo do ângulo em que é feita essa análise.
São inúmeros exemplos que podem ser destacados neste espaço; um caso clássico foi tema de debates nas redes sociais quando a atriz global Thais Araújo foi atacada veementemente por mensagens de cunho racista.
Outro caso famoso foi do ex-goleiro do Santos, Aranha, que sofreu ataques racistas em um jogo contra o Grêmio pela Copa do Brasil no ano passado, a partida foi disputada na Arena Grêmio em Porto Alegre. Uma torcedora acabou respondendo processo por injúria racial.
Vale lembrar que mesmo sabendo que o racismo no Brasil é crime e mesmo assim citamos apenas dois dentre os inúmeros casos que vemos em nosso país.
Por outro lado, há outros casos de preconceitos que aparecem até mesmo no mercado de trabalho, onde negros acabam ocupando vagas com salários menores que brancos em muitos casos, ou em muitos casos, restando subempregos.
No entanto é preciso reconhecer que há uma evolução neste assunto, o racismo, por exemplo, tem sido combatido em todos os setores da sociedade, temos visto nos meios de comunicação do país, diversas campanhas contra o racismo.
Também reconhecemos que as chamadas políticas afirmativas não são a solução para mudar essa realidade. O país necessita de algo mais complexo que ao invés de dividir a sociedade entre brancos e negros, traga mais união entre as raças.Talvez um país sem preconceito chegue mais perto do sonho de nossa sociedade que é ver o Brasil viver uma era de desenvolvimento pleno.