O prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), tem reclamado constantemente das ações de seu antecessor, o ex-prefeito Zé Carlos do Pátio (PSB). Segundo Ferreira, o ex-gestor não deixou em andamento alguns contratos administrativos essenciais, como os relacionados ao asfalto e à limpeza urbana da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder).
Sem esses contratos, a realização das operações tapa-buracos e a limpeza de terrenos públicos na cidade ficam inviabilizadas. Soma-se a isso o fato de estarmos no verão, período de chuvas mais intensas, que agravam os danos no asfalto. Além disso, a umidade favorece o crescimento acelerado do mato, tornando a situação ainda mais crítica.
No entanto, cabe um alerta: talvez tenha faltado habilidade de ambos os lados na reta final do mandato de Pátio. Pelo visto, as equipes de transição não se entenderam ao conversar, o que aumentou os danos neste início de gestão. Vale lembrar que existiam duas equipes: uma formada por assessores do ex-prefeito e outra pelos assessores do atual gestor.
Talvez a falha tenha sido coletiva, pois ninguém percebeu o vencimento dos contratos e cobrou a manutenção deles, antecipando o problema. Se houvesse uma cobrança pública na época da renovação, a situação atual poderia ter sido evitada.
Não podemos, em sã consciência, acreditar que houve má-fé do antecessor. A impressão que fica é que houve uma falha de comunicação: um lado não entendeu o que o outro queria, e o resultado é que a conta chegou — e alta. No fim das contas, quem sofre é o cidadão pagador de impostos, que precisa lidar, por exemplo, com os mais de cem buracos espalhados pela cidade, colocando em risco seus veículos.
Agora, resta ao atual prefeito enfrentar o desgaste e, mais do que isso, buscar uma solução o mais rápido possível. Ficar lamentando o que o antecessor deixou de fazer pode até amenizar a dor momentaneamente, mas não resolve o problema.
Neste momento, só há uma alternativa: arregaçar as mangas e agir, pois não há tempo a perder.
Fonte: Da Redação