Homem que matou maqueiro dentro do HR foi condenado a mais de 12 anos de prisão

Em julgamento realizado ontem (04), o ex-policial Denilson Francisco Régis foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo assassinato de Alex Soares da Costa, morto com cinco tiros dentro do hospital regional Irmã Elza Giovanella, em Rondonópolis. O crime ocorreu em março de 2009 e teve grande repercussão na cidade.
Denilson, que hoje é advogado, atuou em causa própria e chorou muito ao relembrar detalhes do dia do crime. Na época ele trabalhava como porteiro e Alex que era maqueiro no hospital.
Em nenhum momento Denilson negou a autoria do homicídio. Ele disse que se arrependeu do que fez, mas afirma que agiu sob violenta emoção por que era hostilizado constantemente pela vítima
“Minha ação foi resultado de um assédio moral que perdurou por cinco anos”, afirmou. “Não sou bandido. Se fosse nem aqui estaria, teria fugido”.
A acusação, comandada pelo promotor Antônio Moreira da Silva, refutou os argumentos. O promotor lembrou que Denilson permaneceu foragido durante um longo tempo e considerou fúteis os motivos alegados para a prática o crime.
O fato de Denilson ser ex-policial também pesou na decisão final. A acusação ponderou que ele conhecia a legislação e sabia manusear uma arma de fogo, tendo assim plena consciência de que os disparos resultariam na morte de Alex.
Denilson foi condenado por homicídio privilegiado qualificado, tendo por um lado a pena aliviada pelo componente emocional e, por outro, agravada por não ter dado chance de defesa à vítima.
O julgamento foi presidido pelo juiz Wagner Plaza Machado Junior. A defesa já antecipou que pretende recorrer da sentença.
Eduardo Ramos – Da Redação