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domingo, novembro 24, 2024

Greve mostra força e categoria pede esmolas em semáforos

“Nosso movimento está forte e a cada dia cresce a indignação da nossa categoria com o governo”; com essa frase, o presidente da subsede de Rondonópolis do Sintep, Joao Eudes, explicou como está o movimento grevista em Rondonópolis e região.
Eudes foi mais longe e garantiu que 80% da categoria está parada e explica que mesmo em algumas escolas que estão fora da greve , o funcionamento não é total. “Tem escola que voltou, mas não totalmente, a indignação é grande”, disse o dirigente.
Ele também explica que algumas atitudes do governo estão ascendendo à categoria. O dirigente sindical trata como exemplo o corte de ponto, considerada uma medida truculenta que não estaria causando efeito na categoria. “Estamos mais indignados, e mais fortes”, completou.
Na última quarta e quinta-feira, o assunto foi destaque na Assembleia Legislativa; o deputado Wilson Santos, por exemplo, lembrou que o Estado tem condições de garantir o atendimento da pauta da categoria. Santos destacou que a previsão de arrecadação vai superar a meta inicial e com isso, poderia garantir esses pagamentos. “O superávit do governo vai garantir o pagamento”.
Santos também argumentou que o governador estaria passando vergonha nacional, em razão da greve. “Tem professor pedindo dinheiro em semáforo para sustentar a família, pois teve o ponto cortado pelo governador, isso vai ganhar a mídia nacional ”, disse.
O deputado ainda lembrou que tramita na AL um projeto do governo que altera a politica fiscal que poderá resultar em um incremento ainda maior da receita. O parlamentar destacou que além da questão salarial, os professores cobram e pedem infraestrutura nas escolas. “Fomos alguns meses na escola Santa Claudina no Pantanal, onde baías de cavalo serviam como sala de aula, o governo precisa resolver isso rápido”.
O Sintep tem como proposta ao governo, além da infraestrutura para as escolas, o cumprimento das Leis do Registro Geral Anual e do poder de dobra, que garante ganho real aos professores, as duas leis não estão sendo cumpridas.
A categoria entende que uma das soluções para garantir o pagamento dos professores é a revisão das isenções fiscais dos grandes empresários e agricultores do Estado, gerando assim, recurso financeiro.
O sindicato e governo estarão frente a frente na segunda-feira (8) em mais uma rodada de negociação. Nos últimos encontros não houve acordo, pois o governo tem se recusado em apresentar uma proposta com cumprimento das leis. “Vamos tentar mais uma vez o entendimento”, disse João Eudes.
Na terça-feira (9), a categoria realizar uma assembleia geral para debater a reunião com o governo e debater o fim ou continuidade do movimento.

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