Após a bancada federal apresentar R$ 168 milhões em emendas para Mato Grosso, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Zamar Taques, anunciou nesta segunda-feira (12) que a equipe do Governo deverá se reunir com deputados federais e senadores de Mato Grosso a cada 40 dias. O objetivo será estreitar relações e alinhar a forma de trabalhar.
A dificuldade em conversar com o Governo é uma reclamação de parte dos parlamentares mato-grossenses, principalmente do senador Wellington Fagundes (PR), que esteve presente na reunião, realizada no Palácio Paiaguás. Ambos mostraram posturas divergentes em relação ao motivo do afastamento, mas ambos concordaram na necessidade da aproximação.
“Eu acho que nunca houve problema de diálogo com a bancada federal. Talvez por conta do momento difícil que o Brasil passa, os afazeres dos deputados e senadores não tem há permitido esse diálogo maior”, argumentou Paulo Taques.
O chefe da Casa Civil ressaltou que todo os deputados federais e senadores foram convidados a participar do evento. Dos 11 apenas Carlos Bezerra (PMDB), Valtenir Pereira (PMDB), Ságuas Moraes (PT) e Ezequiel Fonseca (PP) não compareceram. Todos da oposição, com exceção de parlamentar progressista.
Paulo Taques ainda afirmou que tanto ele como o governador e a bancada sabem da importância da unidade de proposito e trabalham de forma a concentrar esforços por Mato Grosso. Ainda segundo ele, divergências político partidárias fazem parte da democracia e são naturais.
Falta de tempo?
Por outro lado, Wellington negou que o motivo do distanciamento tenha sido a alta carga de trabalho dos deputados federais e senadores. E ainda ressaltou a necessidade de deixar diferenças partidárias de lado em momentos de crise.
“Eu acho que sempre há tempo para o diálogo. Eu penso que em um momento de crise, tem que tirar o S e criar. Então não dá para ficar discutindo questões de picuinhas partidárias. Eu penso que, como senador da República, eu tenho compromisso, junto com os outros membros da bancada, de buscar esses recursos”, rebateu Fagundes.
O senador do PR foi um dos parlamentares que, abertamente, reclamou da falta de diálogo do Governo com a bancada federal. E, tido como um opositor político com chances de concorrer contra o governador Pedro Taques (PSDB) em 2018, fez questão de apertar a mão do chefe da Casa Civil, Paulo Zamar Taques, e frente às câmeras.
Emendas
A bancada federal de Mato Grosso apresentou ao governador Pedro Taques um pacote de R$ 168 milhões em emendas parlamentares para serem investidos em saúde pública e regularização fundiária. Desse total, R$ 100 milhões serão voltados à saúde pública e ficarão alocados com o Estado. Dessa parte, R$ 80 milhões serão somente para equipar o novo Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, ainda em fase de construção.
“São R$ 100 milhões para equipar a saúde pública. Desses cem, R$ 80 milhões para o novo Pronto Socorro que a obra está em andamento, que tem a garantia do governador Pedro Taques de recursos para concluir as obras. Então, com a emenda da bancada, vamos garantir que além de ter terminada a construção desse novo hospital, ele será equipado”, afirmou Fábio Garcia, coordenador da bancada federal.
Os outros R$ 68 milhões são destinados ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
Fonte: Olhar Direto