Presidenciáveis repudiam crime político em Mato Grosso

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou hoje (09) o assassinato do trabalhador Benedito Cardoso dos Santos por um bolsonarista com golpes de faca e machado em Confresa (MT), depois de uma discussão política. O assassino, Rafael Silva de Oliveira, 24, confessou o crime e foi preso.
Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o ex-presidente relembrou outros casos de violência durante esta campanha e voltou a insinuar que Bolsonaro estimula esse tipo de caso. Lula respondeu ainda às críticas do presidente contra seus filhos, lembrando os casos dos imóveis comprados com dinheiro vivo relevados pelo portal UOL.
Lula afirmou que casos como este e o de Foz do Iguaçu, em janeiro, quando um homem foi morto durante sua festa de aniversário que tinha o ex-presidente como tema, evidenciam que o país passa por um processo "totalmente anormal".
"Estamos vendo o país sendo tomado por um comportamento sui generis", declarou o ex-presidente, que disse só ter descoberto o caso após o encontro com evangélicos, nesta manhã.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o apoiador de Lula foi morto com 15 facadas e um golpe de machado no pescoço.
“Esse país está caminhando para uma selvageria que nós até então não conhecíamos. O que se ouvia falar, de vez em quando, em algumas cidades pequenas, um coronel brigava com outro coronel e se matava. Mas a gente não tinha essa experiência nos grandes centros urbanos, sobretudo em eleição presidencial — e quem tá falando é um cara expert em disputar eleição”, disse Lula
REAÇÕES
Outros presidenciáveis também se posicionaram sobre o assassinato. Em suas redes sociais, Ciro Gomes (PDT) afirmou que o petista é "mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional".
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) cobrou posicionamento de Bolsonaro, apontando que ele deveria "clamar por paz e união". Também nas redes, a presidenciável também creditou o crime à "incitação ao ódio".
A senadora Soraya Thronicke (União-MS) posicionou-se fortemente, dizendo: "Envergonham o país com corrupção, nos distraem com a polarização e, além disso, derramam sangue alheio".
Da Redação (com informações do UOL)