A Secretaria de Aviação da Presidência publicou nesta sexta-feira, 6, no “Diário Oficial da União”, o Edital de Chamamento Público de Estudos para o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado no município de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. As empresas ou grupos terão 30 dias para manifestarem interesse. O aeroporto é considerado o pior entre os 15 maiores terminais aeroportuários do Brasil.
“Estamos trabalhando intensamente para viabilizar o projeto de concessão do aeroporto, que é a opção que vai dar as devidas condições para fazer com que mudemos esse quadro atual” – disse o senador Wellington Fagundes, líder do Partido da República.
O objetivo do edital é convocar as empresas à realização de Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que subsidiem a modelagem da concessão do aeródromo da capital mato-grossense para expansão, exploração e manutenção do aeroporto.
O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) inclui análises de mercado, de engenharia, ambientais e avaliação econômico-financeira. Este é o primeiro passo para dar início ao processo de concessão. Após a autorização das empresas, o prazo final para a elaboração e apresentação dos projetos, levantamentos, investigações e estudos técnicos à Secretaria de Aviação será de 120 dias, a contar da data da publicação do termo de autorização.
Presidente da Frente Parlamentar de Logística em Transporte e Armazenagem (Frelog), Wellington lembrou que “há 15 anos o Aeroporto Marechal Rondon vem passando por reformas e ampliação. O último deles aconteceu durante a preparação para a Copa do Mundo, mas as obras não foram concluídas’’. Entre as obras inacabadas no Aeroporto Marechal Rondon estão as duas pontes de embarque, adequação das vias de serviço, nova sinalização no pátio de aeronaves e ampliação do acesso viário. O aeroporto mostra ainda a necessidade de expansão do estacionamento.
Essa situação tem colaborado para que o aeroporto esteja sempre entre as piores avaliações dos usuários. Levantamento realizado pelo Governo Federal, no final do mês de abril, manteve o terminal com as piores notas. Dos trinta itens em que foi avaliado, o Marechal Rondon foi o pior em dez, segundo a Pesquisa Permanente de Satisfação do Passageiro, realizada pela Secretaria de Aviação da Presidência da República.
Os piores itens são tempo de espera na fila de inspeção de segurança; confiabilidade na inspeção de segurança; sinalização; qualidade dos painéis de voos; disponibilidade de banheiros; quantidade de assentos na sala de embarque; limpeza geral; conforto acústico; custo benefício de lanchonetes e restaurantes; e qualidade de lanchonetes e restaurantes. Os passageiros conferiram ao Aeroporto de Viracopos, de Campinas (SP), o título de melhor terminal do País.
Ao se manifestar sobre a publicação do edital, Wellington Fagundes destacou que o Aeroporto Marechal Rondon dispõe de uma área de 700 hectares. Essa extensão, segundo ele, permite a expansão do terminal de passageiros e, ainda, a implantação de um grande terminal de cargas para atender o mercado sul americano, se transformando em “aeroporto de integração”.
Para ele, trata-se de um aeroporto “extremamente viável” e que deverá atrair interesse de muitos investidores interessados em sua exploração. “Num futuro bem próximo poderemos sair de Cuiabá e voar para qualquer pais” – disse, ao destacar que o Aeroporto Marechal Rondon pode seguir o modelo de Viracópos no tocante ao fluxo de cargas.
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