Nesta segunda-feira (15.09), o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Orestes de Oliveira, participou da fase final das negociações com o grupo de trabalhadores rurais, que invadiram uma fazenda em Nova Olímpia (207 km a Médio-Norte de Cuiabá), e o Incra. Os trabalhadores saíram pacificamente da Fazenda Palmital, na última sexta-feira, depois da mediação do Comitê de Acompanhamento de Conflitos Fundiários, cumprindo uma determinação judicial.
Representando o comitê, coronel Orestes acompanhou também o diálogo dos trabalhadores com o superintendente do Incra, João Bosco de Moraes. A instituição garantiu a compra de duas fazendas, na mesma região, para fazer o assentamento dos trabalhadores. “Na próxima segunda-feira (22) faremos uma vistoria da área para levantar valores, queremos que esse processo termine o mais rápido possível”, observou o superintendente.
Os proprietários das fazendas também participaram da reunião. Eles autorizaram o Incra a fazer a vistoria das áreas, para quem, em seguida, façam suas ofertas para o órgão adquirir as fazendas e assentar os trabalhadores.
De acordo com o coronel Oliveira, as negociações feitas nesse caso sevem de exemplo para outros processos de reintegração de posse. “Recebemos a determinação judicial, mas antes de usar a força policial promovemos o diálogo, abrimos negociação com o Incra para trazer uma solução para a situação, de forma pacífica”, ressaltou.
Os trabalhadores rurais fizeram uma avaliação positiva da atuação do Comitê de Acompanhamento de Conflitos Fundiários. “É importante que haja espaço e tempo para o diálogo, esse também é o nosso lema”, afirmou o Leonel Silva Ferreira,um dos líderes do grupo.
PALMITAL – A fazenda invadida fica a 34 Km do município de Nova Olímpia, com uma área de 2.331 hectares. Orestes avaliou que a atuação do Governo foi decisiva para evitar incidentes entre Polícia Militar e ocupantes, preservando a segurança das pessoas envolvidas e ainda gerando grande economia para os cofres públicos. “Fomos em um pequeno grupo e conseguimos que tudo ocorresse em harmonia. Caso fosse necessário um maior contingente, o aporte financeiro seria grande, com diárias, combustível e locações, com riscos para todos”.
Assessoria SECOM