Governo comemora índice de 99,82% na campanha de erradicação em MT

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) divulgou nesta sexta-feira, (22.01), durante a comemoração dos 14 anos sem o registro de casos da doença em Mato Grosso, na sala de reuniões da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), o resultado da campanha da 3ª etapa da vacinação contra febre aftosa, realizada em novembro de 2009, e foram anunciados a imunização de 27.247.018, ou seja 99,82% de animais de todo rebanho mato-grossense que é de 27.294.923, que apontou um crescimento no plantel de 5% (1,2 milhão). Durante a solenidade foram apresentadas as estratégias e ações que os profissionais e técnicos vão realizar durante a campanha de vacinação em 2010.
O presidente do Indea, Décio Coutinho, apresentou os números e destacou que o entendimento entre Estado e sociedade organizada é fundamental para que Mato Grosso seja referência de qualidade no setor bovino. “Podemos atribuir o sucesso dos índices atingidos da vacinação aos produtores rurais mato-grossenses que se conscientizaram da sua responsabilidade e o comprometimento em manter a sanidade do seu rebanho. A manutenção da sanidade nas propriedades mato-grossenses foi fundamental para a retomada da comercialização com a União Europeia, o que contribuiu para a conquista de novos mercados".
O secretário adjunto de Agricultura Familiar, Jilson Francisco da Silva, ressaltou o crescimento da produtividade sem a necessidade de abertura de novas áreas. Para ele, isto representa a evolução da tecnologia e demonstra respeito às questões ambientais. “As ações do governo foram também de proporcionar às aldeias indígenas e assentamentos receberem a vacinação do seu gado”, pontuou
O presidente do Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), Zeca D’Ávila, disse que todos os méritos devem ser credenciados aos próprios produtores rurais que se conscientizaram durante todos esses anos da importância da sanidade animal, da vantagem finaceira com um bom produto para exportação e principalmente para manter Mato Grosso em evidência no mercado mundial. “Podemos comemorar esses 14 anos sem febre aftosa em Mato Grosso, apesar de vários estados e países vizinhos terem apresentados focos da doença”, afirmou
Segundo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, os pecuaristas do Estado estão conscientes em relação à importância da vacinação. A Famato e os sindicatos rurais estão empenhados e atuando junto aos produtores sobre a necessidade da vacinação. “É muito importante que a interatividade do governo e iniciativa privada, na atuação pontual neste trabalho de vacinação de todo rebanho. A pecuária é um dos pilares da economia de Mato Grosso por isso a aftosa não é uma preocupação apenas do produtor, mas sim de todos os segmentos. Podemos afirmar para a população que nosso produto é de excelente qualidade e investimos muito controle da sanidade do rebanho”, disse.
VACINAÇÃO NA FRONTEIRA
Aproximadamente 100 mil cabeças de todo rebanho bovino do Estado deverão ser imunizadas na faixa da fronteira a partir do dia primeiro de fevereiro. Os pecuaristas das 630 propriedades que estão localizadas num raio de 15 km da fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia, nos municípios de Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Porto Esperidião, devem cumprir o antigo cronograma de imunização dos animais e continuar vacinando o rebanho de 0 a 12 meses no mês de fevereiro. O Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) financiou a vacina para os produtores desta região adquirindo as 100 mil doses da vacinas.
De acordo com o presidente do Indea/MT, Decio Coutinho, como a Bolívia ainda não foi reconhecida como área livre da febre aftosa com vacinação, os rebanhos das regiões que compreendem os municípios deverão ser imunizados três vezes ao ano contra a doença. “Nestas localidades temos que manter a segurança e impedir que o rebanho mato-grossense estadual possa ser contaminado com a febre aftosa. A nossa expectativa é de cumprirmos todo o cronograma de acompanhamento pelos servidores do Indea, técnicos e veterinários nas fazendas no prazo estipulado”, encerrou.
Fonte:Ass.SDER/MT