Grupos políticos distintos e estruturados dividem Rondonópolis

A cidade mais desenvolvida e populosa da região sul também é conhecida por ter uma política efervescente e atuante, haja a vista a clara possibilidade de ter a partir de janeiro de 2015 os três senadores da república de um estado com dimensões continentais como é Mato Grosso. Nas eleições 2014, o cenário local também demonstra a força de não um, mas vários grupos políticos existentes na cidade. Aliás, existem, inclusive, lideranças que concorrem entre si dentro da mesma coligação.
O primeiro grupo a se citar é o que até outros dias apoiava José Riva (PSD) a governador e que agora deve naturalmente passar a apoiar sua esposa, Janete Riva (PSD), no pleito. Nesta aliança existem, nada mais nada menos, que o atual presidente da Câmara Municipal e candidato a deputado estadual, Ibrahim Zaher (PSD), um político novo, sem manchas na carreira, com boa penetração na juventude e que tem na figura do pai, o ex-vereador por quatro mandatos, Mohamed Zaher (PSD), um considerável reduto eleitoral.
Como se não bastasse a figura do jovem Ibrahim, a terceira via ainda sustenta o nome do ex-prefeito José Carlos do Pátio (SDD), que também apoia a família Riva na busca da majoritária. Cria do PMDB de Carlos Bezerra, Pátio é um político que desperta paixão em milhares de seguidores e mesmo com um passado não tão admirável a frente da prefeitura sustenta nas bases populares uma força eleitoral que o coloca na condição de um dos favoritos em nível de estado a ocupar uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, onde ele já esteve sentado por vários anos.
Pela situação governista do estado existe o PMDB, onde está talvez o maior número de políticos com cargo eletivo na cidade: são cinco só na Câmara Municipal, além do cacique Carlos Bezerra (PMDB), político histórico e com fieis e velhos seguidores rondonopolitanos. Por este partido, existe o nome do vereador Adonias Fernandes (PMDB), um parlamentar com nome consolidado na cidade, que tem na esperança do apoio de Bezerra, no respeitável grupo político e de filiados do partido que congrega e na boa adesão popular que tem nos bairros, seus maiores trunfos para conseguir beliscar uma vaga como legislador estadual. Junto ao PMDB, se junta com grande peso o PR de Wellington Fagundes (PR), que disputa o Senado Federal. Desta sigla ainda destaca-se o ex-prefeito de Rondonópolis J.Barreto (PR), na busca da Câmara Federal, além Sebastião Rezende (PR) e Ondonir Bortolini (PR), o Nininho, tentando se reeleger como deputados estaduais. Juntos, todos eles podem difundir o nome do jovem Lúdio Cabral (PT) por meio de suas bases e conseguir boa votação no Município.
Já do lado do até agora favorito ao Palácio Paiaguás, Pedro Taques (PDT), forma-se o último grupo visivelmente bem estruturado para o pleito de 2014. Na batuta do prefeito Percival Muniz (PPS), que apesar de não ter saído para as ruas pedir voto é um aliado de respeito que Taques possui no sul do estado, está duas frentes de trabalho de dois jovens políticos muito promissores em Rondonópolis: Reginaldo Santos (PPS) e Rodrigo da Zaeli (PSDB). O primeiro com base estruturada na Vila Operária, com o estigma de poder ser o único deputado estadual da história do maior bairro de Rondonópolis até aqui, e ainda com uma aceitação consolidada no funcionalismo público. O segundo, um homem de negócios de sucesso na cidade, que obtém boa penetração empresarial e um partido inteiro com o nome que tem o PSDB em apoio direto a sua candidatura e obviamente também na busca pela vaga no Senado Federal por meio de Rogério Salles (PSDB), outra a reforçar a marca da seriedade deste grupo. A última das jóias de Taques em Rondonópolis se chama Adílton Sachetti (PSB). Um ex-prefeito que não conseguiu se reeleger, mas que marcou a história da cidade com uma gestão séria e administrativamente perfeita.
Certamente existem muitos eleitores que não seguirão seu voto essencialmente pela chapa fechada, ou seja, votarão em deputados estaduais que apoiam um governador, federais de outros e um senador de outro grupo, mas as bases estão bem assentadas e um prognóstico para as próximas eleições, apesar da volatilidade da política, não é tão difícil de ser feito.
Da Redação – Hevandro Soares