AIDS ainda mata 12 mil por ano e só não sobe no Sudeste

Aids matou no ano passado 11.965 pessoas no Brasil. O número de novos casos aumentou em todo o país entre 1998 e 2010, menos na região Sudeste. E a tendência de alta se manteve este ano no Norte e no Nordeste. Há 12 anos, a quantidade de novos registros de Aids no Norte foi de 729, uma taxa de 6,1 para cada 100 mil habitantes; em 2010, o número subiu para 3.274, elevando a taxa para 20,6 para cada 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde ainda não fechou a taxa deste ano, mas já contabiliza 1.391 novos casos na região. No Nordeste, 3.020 novos casos foram registrados em 1998, e no ano passado o número mais do que dobrou: 6.702. A taxa no período subiu de 6,6 por 100 mil habitantes para 12,6.

Os dados divulgados ontem no novo Boletim Epidemiológico Aids/DST mostram também que a incidência de infectados na população em geral se manteve estável no período, registrando até uma pequena queda, de 18,7 pra 17,9 casos para cada 100 mil habitantes. A diminuição foi possível graças à redução registrada no Sudeste, que concentra 56,4% de todos os infectados pelo HIV no país. Na região, o número de casos caiu de 19.167 para 14.142 e a taxa, de 27,8 para 17,6 entre 1998 e 2010. O Sudeste também foi a única região a registrar redução no número de mortos. Segundo o ministério, no Brasil o vírus atinge 0,6% da população entre 15 e 49 anos. De 1980 a junho de 2011, 608.230 pessoas foram registradas com o vírus da Aids no país.

O governo explica que o aumento da doença no Norte e no Nordeste se explica porque mais testes passaram a ser feitos em áreas onde antes não havia acesso ao diagnóstico e também porque muitas pessoas só procuram o serviço de saúde para fazer o exame quando começam a sentir os sintomas da doença, o que acontece em média dez anos após a infecção.

Fonte:O Globo

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