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quinta-feira, novembro 21, 2024

Geração 96 tenta voltar em peso para Câmara de Vereadores

Uma parcela considerável dos vereadores eleitos em 1996, uma das legislaturas mais polêmicas da História de Rondonópolis, quer voltar a Câmara em 2024. Foi naquela Legislatura, que pela primeira vez, a Câmara de Vereadores, abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito , que culminou na renúncia do ex-prefeito Alberto de Carvalho.

O período foi marcado por muita instabilidade política e confusões. Personagens do noticiário nacional como o perito Ricardo Molina, veio à cidade para ser ouvido pela Câmara de Vereadores, para analisar um áudio de Alberto, onde o economista Eustásio Barros Filho, se passou por um diretor da empresa de Transporte Coletivo.

Apesar de ter renunciado, anos depois: Alberto foi inocentado.

Os vereadores também aprovaram o sistema de mototáxi da cidade, que funciona até os dias de hoje e a municipalização do sistema de água, passando do Estado para o município e a reestruturação do serviço público criando o Impro e ServSaúde.

Pelo menos cinco dos 17 vereadores eleitos naquela oportunidade ensaiam uma pré-candidatura, como é o caso, por exemplo, de José Ferreira Lemos Neto,o Juca Lemos.

O petista que nas eleições de 1992 ficou fora da Câmara retornou em 96, como um dos líderes da oposição no processo que culminou com a renúncia do ex-prefeito Alberto Carvalho.

De lá para cá, Juca Lemos teve altos e baixos na política; foi reeleito em 2000, chegou a presidir o Serviço de Saenamento Ambiental (Sanear) e depois caiu em uma espécie de ostracismo político.
Juca, tentou sem sucesso, em 2012, ser prefeito mas acabou ficando em terceiro lugar, atrás de Percival Muniz, que foi eleito e de Ananias Filho. Juca acabou sendo nomeado por Percival no Procon e depois na gestão Zé do Pátio, ganhou espaço e agora tenta novamente pelo PT, retornar à Câmara.

Outro nome do grupo é Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô, que em 1996 estava em seu segundo mandato e era filiado ainda ao PL. Fulô, era a voz do grupo de Wellington Fagundes na Câmara e também fazia parte da bancada de oposição ao ex-prefeito Alberto de Carvalho.
Junto com Juca Lemos, ele formava a chamada tropa de choque da oposição, e faziam muito barulho na Câmara.

Fulô foi ainda presidente da Câmara e reeleito em 2000, 2004, 2008 e 2012. Em 2016 e 2020; tentou sem sucesso voltar ao Legislativo. Sua primeira eleição foi em 1992.

Neste ano, ele tenta mais uma eleição no MDB, partido que migrou em 2000 e está na base de sustentação de Thiago Silva

Cido Silva, que atualmente é vereador, estava em seu primeiro mandado em 1996. Na oportunidade, ele se envolveu em uma polêmica com o seu suplente, Carlos Jovino, o Carlinhos Motocross, onde chegou a ser gravado em uma mal explicada história envolvendo um imóvel.
Na mesma lista de 96 está Alcimar Borges, que também tenta retornar a Câmara. Em 96, ele estava em seu primeiro mandato, e vivia uma atuação dúbia com relação ao prefeito Alberto. Hora era oposição, hora era situação. Alcimar chegou a ser dado como desaparecido , após sofrer um acidente de carro, às vésperas de uma votação.
Encerra essa lista, a ex-vereadora Luciene Soares de Lima, que naquela oportunidade estava em seu segundo mandato. Luciene que tinha um grande potencial de votos naquela época, deve ser novamente pré-candidata a vereadora nestas eleições.
O atual prefeito, Zé Carlos do Pátio, também foi eleito, naquela eleição sendo o mais votado. Pátio deixou a Câmara em 98 para ser deputado estadual, reeleito em 2002 e 2006. Em seguida foi eleito prefeito em 2008, eleito deputado estadual em 2014, prefeito em 2016 e 2020

Fonte: Da Redação

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