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domingo, novembro 24, 2024

Gente grande na mira

mou conta de muita gente do colarinho branco. Jornalistas que quiseram repercutir o fato com a classe política tiveram dificuldade de encontrar algum celular ligado, outros gabinetes por Cuiabá e Brasília ficaram vazios, com a justificativa de viagens de última hora. Ainda não se sabe qual será o desenrolar de tudo isso e se tanto Riva quanto Moraes botarão mais gente nesta salada, ou se eles próprios vão realmente pagar pelos erros que fizeram. As investigações da Polícia Federal apontam que o dinheiro de empréstimos ilegais concedidos por Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça, abasteceu as campanhas eleitorais do governador Silval Barbosa (PMDB) e do prefeito Mauro Mendes (PSB), lideranças políticas totalmente ligadas a articulação já de campanha da situação e da oposição que busca ganhar o governo de Mato Grosso em outubro. Comenta-se, inclusive, que mais gente investigada pela PF tenha ‘ajudado’ financeiramente muitos políticos com dinheiro sujo para que estes conseguissem manter ou ganhar cargos eletivos. Talvez seja este o motivo de tanta gente não atendendo telefone e outros arranjando viagens de Gente grande na mira As prisões de figuras até então tidas como “intocáveis” em Mato Grosso pela Polícia Federal, por suspeita de lavagem de dinheiro, acabaram por sacudir na última semana o cenário político do estado e deram uma esperança a mais para aqueles que ainda enxergam uma luz de seriedade em terras pantaneiras. Por anos, o deputado estadual José Riva (PSD) era reconhecidamente o representante político com maior influência no legislativo e executivo estadual, mesmo com mais de 100 processos nas costas. Agora preso, o fazendeiro de Juara deve mesmo sacramentar sua aposentadoria da vida pública e dificultar a entrada de sua filha, tida como sua herdeira política. O governador Silval Barbosa (PMDB) acabou sendo enquadrado apenas por porte ilegal de arma, que pena. Se as análises jurídicas permitissem um tanto quanto mais de subjetividade este senhor já deveria estar atrás das grades por ‘omissão de socorro’ quando tirou da saúde, o setor onde estão os mais urgentemente necessitados, milhões em recursos com os cortes feitos por sua gestão no ano passado. Éder Moraes, ex-secretário de estado de Blairo Maggi, talvez seja agora de quem mais se espera informações para passar todo o passado negro recente do Palácio Paiaguás a limpo. Moraes já disse que tem medo de morrer pelo tanto que sabe, e nós, o povo, temos medo é que o estado literalmente morra com os desfalques que sofreu no caixa. A Operação Ararath causou verdadeiro pânico não só naqueles totalmente envolvidos. A apreensão toúltima hora. Ao todo a operação, segundo informações oficiais, tem mais de 59 investigados. Muitos desdobramentos ainda são prováveis de ocorrer e tem político já preparando discurso dizendo que há de se ter cuidado para que o trabalho da polícia não ganhe fins eleitorais, ora faça-nos o favor né? Neste momento, o cidadão, que é o mais interessado da história, não está nem pensando em eleição, quer ver corruptos sendo punidos pelo que fizeram, independente de estarmos em ano eleitoral. Aliás, é muito melhor que o seja porque já impede que criminosos se candidatem e se elejam fazendo uso de dinheiro que não é seu. Teve deputado até, dos mais bem avaliados, dizendo que a CPI da Petrobrás deve ser deixada para o ano que vem, é mole? De fato 2014 ganha contornos de ser um ano que deve ficar para a história não só de Mato Grosso como do Brasil pelo poder de transformação de cenário que terá. A Copa do Mundo vem ai com uma expectativa muito grande dos marqueteiros políticos quanto a que novo ambiente pode ser formado com prováveis novas manifestações e acontecimentos durante o torneio que podem mudar totalmente a direção dos ventos. Paralelo a isso, existem políticos, e em Mato Grosso vários, que não vai convencer se criar um discurso de moralidade, sendo que sua fama está tão suja quanto sua própria consciência. O otimista diria que muita coisa pode avançar a partir de agora, torçamos para que ele esteja certo.

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