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sexta-feira, novembro 22, 2024

Garoto de oito anos mata cunhado com tiro na cabeça

Um menino de 8 anos matou com um tiro o cunhado, de 27, quando manuseava a arma dele, no início da noite de ontem, em Jacareí, interior de São Paulo. O homem, que tinha licença de colecionador, atirador esportivo e caçador, o chamado CAC, tinha ido buscar seu filho de 5 anos e o menino, seu cunhado, em uma escola particular. A arma de fogo estava no banco traseiro do automóvel. As crianças entraram no carro e o menino pegou a arma, quando aconteceu o disparo acidental.

A pistola estava carregada com 12 projéteis. A bala atingiu a cabeça do homem e, quando o socorro chegou, ele já estava morto. Conforme a Polícia Civil, a arma estava com a documentação em dia.

O caso foi encaminhado à Delegacia Seccional de Polícia Civil e a apuração será feita pelo 3° Distrito Policial. A ocorrência foi registrada como omissão de cautela e morte acidental.

O corretor de imóveis Wanderson dos Santos deixou mulher e dois filhos – além do menino de 5 anos, uma criança de 2 anos. O garoto tem menos de 12 anos e, como tal, é considerado inimputável pela legislação brasileira.

ACESSO FÁCIL
A morte registrada em Jacareí soma-se à centenas de outras tragédias semelhantes, onde nem a vítima e nem o agressor têm antecedentes criminais. Na maioria das situações as armas também foram adquiridas legalmente, dentro da política do Governo Federal que estimula o armamento e facilita o acesso mesmo às pessoas sem o devido preparo técnico e emocional.

Desde quando foi eleito, o atual presidente editou 19 decretos, 17 portarias, duas resoluções, três instruções normativas e dois projetos de lei flexibilizando as regras para acesso a armas e munições no Brasil.

Na prática as mudanças permitem que qualquer pessoa tenha registro de colecionador, atirador esportivo e caçador (CAC) podendo adquirir várias armas e munições. 

Além das tragédias familiares, cresce também o número de armas adquiridas legalmente e que acabam parando nas mãos de criminosos. Segundo dados fornecidos pelo Exército através da Lei de Acesso à informação, o número de armas furtadas, roubadas, extraviadas ou perdidas pertencentes a caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo (chamados de CACs) aumentou 35,9% em 2021 em relação ao ano anterior. 

 

Da Redação

 

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