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Formalidade, garantia de um futuro melhor

“Sem incentivo da Prefeitura não seria possível produzir como faço hoje”, declarou o proprietário da Ecobraz Climatizadores, Eiles Antônio Rosa. É assim, que empresários estão agregando valores às suas empresas e também saindo da informalidade para se tornarem microempresários. Se Rosa aumentou sua empresa com a conquista de um terreno no Distrito Industrial da Vila Operária, o ex-vendedor ambulante de caldo de cana, Jabez Sabino Vieira Silva, está em processo de formalização e já sonha com seu negócio instalado.

O ex-vendedor ambulante resolveu, com apenas 19 anos, empreender e conta com o apoio do Gabinete de Desenvolvimento Econômico para que o que era antes apenas uma combi usada para vender caldo de cana se torne uma empresa com espaço fixo. “Soube que a Prefeitura estava fazendo cadastro para aqueles que desejavam se formalizar como microempresários e corri atrás. Penso agora em alugar um espaço e começar logo a trabalhar”, destacou Silva.

Jabez Silva é um jovem empreendedor. Deixou um emprego certo em uma rede de loja da cidade e com o pouco dinheiro que havia guardado resolveu apostar na venda de caldo de cana. “Desde a escola queria ser administrador e aprendi cedo que devemos planejar um empreendimento em pequeno, médio e longo prazo, e isso eu fiz.”

Para quem já está no ramo dos negócios como o empresário Eiles Antônio Rosa, o novo terreno no Distrito Industrial da Vila Operária veio na melhor hora possível para que seu negócio pudesse crescer. “Meu maquinário já não cabia mais onde eu estava”, explicou.

De 2010, quando Rosa começou seu negócio no fundo de casa fabricando climatizadores de maneira artesanal, até hoje, quando, com os incentivos da Prefeitura pode se instalar em um local apropriado no distrito industrial, sua produção passou de um climatizador a cada dois dias, para 80 em dois dias. Atualmente, ele utiliza uma máquina de última geração, a única de Mato Grosso, e já vende para outros estados do país.

E é assim, com incentivos, formalizações e focado no desenvolvimento da economia rondonopolitana que se pauta o Gabinete de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura. A receita vem dando certo, tanto que o crescimento no número de cadastros para alvarás no município não para de aumentar.

Se em 2012 o número de empresas, empreendedores individuais, taxistas e mototaxistas na cidade era de 13.685, em 2013 já havia passado para 14.508. Mas o crescimento mais significativo se deu no período que vai de janeiro a 17 de outubro deste ano, quando o número de cadastros já alcançou 15.678, um aumento de 1.170 cadastros, maior que o alcançado entre os anos de 2012 a 2013.

Para a gestora do Gabinete de Desenvolvimento Econômico do Município, Stefânia Pasqualotto, para que o desenvolvimento ocorra é necessário um trabalho que envolve a formalização, a orientação do empresário tanto quanto a formalização como para linhas de créditos bancárias e capacitação das empresas. “Não podemos deixar ainda de citar os incentivos que o município dá em terrenos nos distritos industriais para empresas locais e também para as que vêm de fora”, acrescentou.

Projeto transforma pequenos empresários em grandes empreendedores

O Gabinete de Desenvolvimento Econômico do Município também vem apostando no crescimento das pequenas empresas de Rondonópolis para que estas passem a fazer parte da cadeia produtiva que envolve as grandes empresas locais. Com um projeto em parceria com o Sebrai, pelo menos 30 pequenas empresas da cidade já estão sendo preparadas para fornecer serviços para as grandes instaladas nos distritos industriais.

O encadeamento produtivo, como é chamado o projeto, já está produzindo frutos e a gestora do Gabinete de Desenvolvimento Econômico, Stefânia Pasqualotto, pensa em expansão. “É muito importante qualificar nossas pequenas empresas para que elas possam prestar serviços nos moldes exigidos pelas grandes empresas instaladas no município, por isso, expandir esse modelo de qualificação é muito importante”, destaca.

O encadeamento produtivo possui três grandes empresas participantes que necessitam dos serviços prestados pelas pequenas empresas do município. Santana Textiles, TBM e Grupo Petrópolis estão apostando nas empresas locais para suprir suas necessidades e por outro lado, os ainda pequenos buscam a qualificação para prestar serviços às grandes, e assim, agregarem valores a sua produção.

Para quem faz parte do projeto, a oportunidade é única e uma forma de planejar o crescimento e a competitividade da empresa. A Retífica Hidrojato já integra o projeto desde fevereiro e já forneceu serviços para a TBM. “Participamos de treinamento de qualidade para fornecer para grandes empresas o que nos deixa otimistas quanto ao crescimento da nossa empresa”, ressalta a chefe administrativa e financeira da Retífica Hidrojato, Débora Azevedo, que também é filha do proprietário, Celso Luiz Azevedo.

O treinamento proporcionado pelo projeto, segundo Débora, já ajudou a estreitar os laços com as grandes empresas, o que aumenta a expectativa em ampliar os negócios. “O projeto também nos sensibilizou ainda mais para as questões ambientais e já planejamos mudanças como o cuidado especial com o óleo e outras alterações para, no futuro obtermos o selo verde”, acrescentou.

Segundo o proprietário, Azevedo, o encadeamento produtivo demonstra ao empresário que ele precisa ter coragem de empreender e organizar a sua empresa para sair na frente do concorrente. “Organização e aproximação com as grandes empresas é o principal para que tudo dê certo.”

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