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domingo, novembro 24, 2024

Formação profissional de mão de obra é grande desafio de competitividade para a indústria

Ampliar a formação de mão de obra e promover conhecimento técnico de qualidade, alinhados ao investimento em tecnologia e inovação. Este é o grande desafio do setor industrial para garantir vantagem competitiva e valor econômico ao negócio, segundo estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentado pelo diretor-geral do Departamento Nacional do Senai e diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi. Ele esteve esta semana em Cuiabá para proferir palestra no evento Interação Senai, que terminou hoje (08/02), no Hotel Holiday Inn.

De acordo com Lucchesi, diferentes posturas e ações devem ser adotadas no país para que as indústrias se tornem mais competitivas e sustentáveis economicamente. E a base dessa transformação está na educação (básica, profissional e tecnológica, formação de engenheiros), seguida pela infraestrutura, relações de trabalho, eficiência estatal, financiamento e escala de produção, prioritariamente.

Um dado que comprova a afirmação de Lucchesi é o um estudo de competitividade feito pela CNI, que aponta uma disparidade social refletindo diretamente no desenvolvimento das empresas. Enquanto que nos países ricos 50% dos estudantes optam pela educação profissional, melhorando o acesso ao mercado de trabalho e consequentemente aumentando a geração de renda do cidadão, no Brasil o percentual é de apenas 6,6%. E a importância desse ingresso do jovem na formação técnica se justifica pelo alto índice de empregabilidade registrado entre as profissões técnicas, seguida pelas perspectivas de altos salários. Para se ter ideia, de acordo com o Mapa do Trabalho Industrial, até 2015, a indústria precisará de 7,2 milhões de profissionais de formação técnica, sendo 1,1milhão para o primeiro emprego. Quanto à remuneração, a média para quem está em início de carreira é de R$ 2mil, chegando a R$ 5,6mil quando este atinge 10 anos de profissão.

“O Brasil precisa de um modelo de educação que favoreça o desenvolvimento econômico e social. Precisa de um novo sistema educacional, que equilibre o ensino filosófico e humanista às necessidades do mercado de trabalho. E, desta forma, permitir à juventude construir novas oportunidades de efetivamente conseguir emprego e renda. O Senai tem papel decisivo neste processo, pois é a única instituição com vocação para mudar este país, considerando a agenda econômica da CNI, cujo objetivo é agregar valor às cadeias de negócio da indústria brasileira”, destaca Lucchesi.

Nesse contexto de melhoria da competitividade da indústria, Lucchesi ressalta o papel do Senai como maior instituição de educação profissional com vocação para formar mão de obra para a indústria. E por isso, a instituição lançou recentemente o Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, amparado em três pilares de atuação: duplicação da quantidade de vagas em educação profissional, criação de uma rede de institutos Senai de Inovação e expansão da rede de serviços por intermédio da criação de institutos Senai de Tecnologia.

As metas do Programa são estipuladas até 2014, alcançando 4 mi de matrículas no país, 23 institutos Senai de Inovação e 63 institutos Senai de Tecnologia. Em Mato Grosso, são 147,35 mil matrículas por meio do aumento da oferta nas oito unidades operacionais existentes e inauguração de novas, sendo uma delas já definida para Nova Mutum. E também há estudo de viabilidade para implantação de institutos Senai de Tecnologia em Cuiabá (alimentos e bebidas) e Rondonópolis (bioenergia).

“Com apenas 36 anos de existência, o Senai-MT já demonstrou que tem uma gestão de excelência, conquistando inclusive a liderança no ranking de desempenho do país. Aqui, a instituição tem 1% da arrecadação nacional e consegue fazer 10% de matrículas do Pronatec. Enfim, Mato Grosso tem papel fundamental neste processo de transformação da indústria brasileira, pois o Estado está transformando capital social em prol do desenvolvimento de uma indústria moderna, de acordo com as diretrizes da CNI e alinhado às necessidades de seus clientes”, complementa o diretor-geral do Senai.

VISITAS – Além da participação no evento Interação Senai, Lucchesi também visitou unidades do Senai em Cuiabá e a sede da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). Nessa agenda, ele esteve acompanhado do presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, e da diretora regional do Senai-MT, Lélia Brun. Eles visitaram a obra do Senai-Cuiabá, na 15 de Novembro, que está sendo revitalizada dentro dos projetos de modernização do Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, com a construção do Centro de Eventos Senai e modernização da Faculdade de Tecnologia (Fatec). A visita incluiu a Escola Senai da Construção, no Distrito Industrial, onde Lucchesi conheceu as instalações físicas da unidade e vivenciou um pouco do dia a dia dos estudantes.

Fonte:Ass.FIEMT

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