Fiscalização eletrônica em Rondonópolis será feita por três empresas e ficará mais rigorosa

A Prefeitura de Rondonópolis realizou ontem (16) a licitação para a contratação de sistemas e equipamentos de fiscalização eletrônica, que serão instalados em vários pontos da cidade. O certame foi vencido por um consórcio de três empresas, uma de Goiás e duas de São Paulo.
Os investimentos devem começar em cerca de 60 dias, após os prazos recursais e cumprimento de formalidades burocráticas (checagem da documentação, definição detalhada do plano) e práticas (implantação de bases e contratação de mão de obra pelas empresas vencedoras).
Conforme o secretário Municipal de Transportes e Trânsito, Lindomar Alves, o objetivo é reforçar o controle do tráfego e melhorar o combate à violência no trânsito. Segundo ele, a maior parte dos acidentes no município ocorrem por imprudência, imperícia ou negligência dos condutores. A situação é agravada pelo reduzido número de agentes para cobrir uma cidade que cresce de forma acelerada e já tem mais de 200 mil veículos.
“A fiscalização hoje é reduzida e quem não tem sensibilidade aproveita para agir errado ou afrouxar a vigilância das normas, o que geralmente resulta em acidentes. Com o sistema eletrônico de fiscalização vamos recuperar a capacidade do Poder Público de monitorar, controlar e também punir os infratores”, explicou.
A licitação de ontem prevê que as empresas vencedoras assumam a gestão do sistema, fornecendo mão de obra, operando e dando manutenção aos equipamentos. O pacote inclui ainda a fiscalização viária de veículos com restrição e a coleta de dados em campo. As informações serão compartilhada com a Polícia Militar e outros órgãos de segurança pública.
MAIS RIGOR
Ao todo serão instalados 15 avanços semáforos, 22 lombadas eletrônicas, 60 radares fixos para controle de velocidade, 72 medidores de peso e altura (para as vias com restrição aos veículos pesados) e 10 totens eletrônicos para informações sobre o trânsito.
“Teremos também câmeras com sistema OCR, que podem ‘ler’ as placas dos veículos e compartilhar as informações em tempo real para a Setrat e os demais órgãos de segurança e fiscalização”, ressalta Lindomar.
O secretário afirma que os investimentos não tem objetivos de garantir lucros para a empresa ou para o município através de uma ‘indústria de punições’. Mas ele alerta que a fiscalização ficará mais rigorosa. “Nosso objetivo é ter zero de multas, mas para isso é preciso que as pessoas não cometam infrações no trânsito”.
“Quem furar sinal ou exceder a velocidade, por exemplo, será multado e os veículos com muitas multas serão retirados de circulação. As pessoas terão de respeitar de fato. Vão ter de pensar duas vezes antes de furar o sinal ou fazer ‘roleta russa’ nas vias da cidade. Num primeiro momento isso pode incomodar, mas o resultado será bom para todos”, afirma.
A licitação foi realizada por meio online e as empresas que formam o consórcio vencedor são dos municípios de Aparecida de Goiânia (GO), Valinhos (SP) e de São Caetano do Sul (SP).
PÁTIO DE APREENSÃO
O secretário disse que outra medida que deverá ser adotada é a criação de um novo pátio municipal para abrigar os veículos apreendidos. Não há previsão de quando isso será feito, mas a Prefeitura já recebeu autorização da Câmara para o investimento.
Atualmente o município conta com um pátio, com capacidade para cerca de 200 veículos, mantido pelo Detran-MT.
Eduardo Ramos – Da Redação